Unicef diz que pelo menos 296 crianças foram mortas na ofensiva em Gaza

Ofensiva de Israel em Gaza, segundo o órgão da ONU, apresenta crianças como 30% das vítimas. Governo israelense definiu não enviar representante ao Egito para mais uma tentativa de paz na região

Crianças estão entre principais vítimas dos ataques à Faixa de Gaza
Crianças estão entre principais vítimas dos ataques à Faixa de Gaza

A ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, iniciada em 8 de julho, provocou a morte de pelo menos 296 crianças e adolescentes palestinos, anunciou o Unicef. “As crianças representam 30% das vítimas civis”, afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância.

“O número de crianças mortas nas últimas 48 horas pode aumentar, após uma série de verificações que estão sendo feitas”, afirma o Unicef. Os dados ainda não são definitivos.

Segundo a informação que o Unicef possui atualmente, “entre 8 de julho e 2 de agosto foram registradas as morte de pelo menos de 296 crianças palestinas”. Mais de 1.650 palestinos, em sua ampla maioria civis, morreram em consequência da ofensiva israelense.

O Estado de Israel acusa o movimento islamita palestino Hamas, que controla Gaza, de usar a população como “escudo humano”.

Mais ataques

As operações israelenses em Gaza se intensificaram neste sábado (2), especialmente na cidade de Rafah, no sul do território palestino. Mais de cem pessoas morreram após a quebra do cessar-fogo na sexta (1º), o que eleva o número de mortos na palestina para 1.650 desde o início da operação militar israelense, em 8 de julho. Do lado de Israel, 63 pessoas morreram.

Os militares israelenses estão à procura de um soldado que, segundo as Forças de Defesa de Israel, foi capturado em Rafah pelo Hamas.

O grupo terrorista palestino nega tê-lo sequestrado. Uma equipe de palestinos, que inclui membros do Hamas, rumou ao Egito neste sábado para participar de conversas de paz patrocinadas pelo governo local. O governo de Israel, também chamado para o encontro, decidiu não enviar representantes.

Apesar do fracasso de uma trégua humanitária, de 72 horas, o Egito manteve seus esforços para tentar a paz na região. Segundo o presidente presidente egípcio, Abdel Fattah Sissi, a proposta representa uma “possibilidade real” para o fim ao conflito na Faixa de Gaza, devastada por 26 dias de guerra entre o Hamas e Israel. “A iniciativa egípcia é uma possibilidade real para pôr fim à crise e ao banho de sangue na Faixa de Gaza”, afirmou Sissi.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, assegurou a presença de uma delegação composta por membros do Fatah, Hamas e da Jihad Islâmica, “quaisquer que fossem as circunstâncias” para negociações.

Fonte: O Povo

Zeudir Queiroz

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