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Morre aos 66 anos o ex-lutador Maguila, vítima de demência pugilística

Foto: Reprodução

José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, vítima de demência pugilística, diagnosticada em 2013. Maguila sofria de Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), uma doença degenerativa similar ao mal de Alzheimer, comum entre boxeadores, causada por repetidos golpes na cabeça. O ex-peso-pesado estava em uma casa de repouso desde 2017.

Maguila ganhou notoriedade no boxe graças ao narrador e empresário Luciano do Valle, que o ajudou a iniciar sua carreira e o conectou com o renomado treinador Angelo Dundee, que também treinou lendas como Muhammad Ali e George Foreman.

Carreira no boxe

Maguila estreou de forma promissora, permanecendo invicto de 1983 a 1985, com 14 vitórias seguidas e conquistando o título de Campeão Sul-Americano dos pesos-pesados. Apesar do sucesso, ele enfrentou críticas pela fragilidade de alguns de seus adversários e sua técnica.

Em 1995, Maguila alcançou o título de campeão mundial da Federação Mundial de Boxe (FMB) ao derrotar o britânico Johnny Nelson. No entanto, encerrou sua carreira em 2000, após uma derrota por nocaute para o brasileiro Daniel Frank. Ao longo de sua carreira, Maguila somou 85 lutas, com 77 vitórias, um empate e apenas sete derrotas.

Legado e vida fora dos ringues

Fora do boxe, Maguila se tornou uma figura popular no Brasil. Trabalhou como comentarista na TV, participou do programa Show do Tom e até lançou um CD de samba chamado Vida de Campeão. Em 2010, tentou carreira política, mas não foi eleito deputado federal.

Maguila deixa um legado de conquistas no boxe brasileiro, sendo lembrado não apenas pelos títulos, mas também por sua personalidade carismática.

Com informações do R7

Zeudir Queiroz