Ceará decepciona e perde título da Copa do Nordeste

Mais de 60 mil torcedores e uma só decepção na Arena Castelão. Na noite de ontem, o Ceará não passou do 1 a 1 com o Sport e ficou com o vice-campeonato da Copa do Nordeste. Sem atuação de brilho no ataque, o Vovô falhou na tentativa de vencer por três gols de diferença e levantar a taça do Regional. Fim de um dos sonhos no ano do centenário do clube de Porangabuçu. Já o Sport, que triunfou por 2 a 0 no jogo de ida, selou o seu terceiro título de campeão do Nordestão. “Desespero” não é uma palavra forte. Forte mesmo é o emprego do “quase” no futebol. Quando o jogo em questão se trata de uma final, então, não há torcedor paciente que reaja a uma bola que deixou de entrar por pouco. No jogo entre Ceará e Sport, os alvinegros comprovaram esta máxima. O time dominou a etapa, acuou o Leão pernambucano e desferiu golpes incansavelmente à meta adversária. Os suspiros ecoaram com as jogadas de Assisinho, com a cobrança de falta de Ricardinho, aos 24 minutos, além do tento perdido por Magno Alves, aos 37, cara a cara com Magrão. Mas a multidão em preto e branco não desistiu. Mesmo com a surpreendente postura ofensiva do Sport, que deu trabalho a Luís Carlos. Só que não era a Ilha do Retiro, mas sim o Castelão. Onde o artilheiro atende por Magnata. Aos 42, ele recebeu assistência de Souza e marcou 1 a 0. Dos assentos, o grito de “eu acredito” subiu de volume. Para o nível ensurdecedor. A etapa final parecia ser o momento do Alvinegro embalar de vez. Contudo, logo veio a decepção. Pior do que a dor do tal “quase” é o balanço das redes indesejadas. Aos 4, Neto Baiano caiu na grande área e o árbitro assinalou pênalti. O próprio cobrou, sem piedade, e empatou: 1 a 1. Início do desequilíbrio dos comandados de Sérgio Soares no campo. Ao passo que o Sport aumentou a responsabilidade do Ceará, que precisaria de três gols para vencer, os anfitriões não conseguiram chegar ao ataque com qualidade. Não há jogadas de destaque a serem citadas. Apenas o desapontamento dos alvinegros, que nos minutos finais deixaram o Castelão. Nenhuma tentativa de encontrar culpados foi maior do que o tombo de um “quase” título que não chegou perto de existir na decisão. Fonte: O Povo
Zeudir Queiroz

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