Nos últimos meses, os consumidores têm visto chegar às prateleiras boas opções de smartphones de custo médio com recursos antes presentes somente nos modelos posicionados no topo da linha dos fabricantes. Com aparelhos como o Moto G, da Motorola, e o Lumia 635, da Nokia, o usuário tem à mão recursos como conexão 4G, processador de quatro núcleos e design atraente sem precisar desembolsar mais que R$ 800. O investimento dos fabricantes em modelos de faixa de preço intermediário é um sinal da saturação que chegou ao mercado “premium”.
Com os smartphones de custo médio ficando tão bons, resta aos aparelhos do topo de linha ganharem mais sofisticação para continuar mantendo o apelo pela compra do consumidor e justificar gastos mais altos. Em termos de sofisticação no design, os melhores exemplos têm surgido de empresas que ainda buscam mais espaço no mercado. A líder Samsung é criticada por colocar no topo de sua linha Galaxy aparelhos com carcaça de plástico. A seu favor, estão argumentos de que o plástico melhora o desempenho de recepção e transmissão dos sinais sem fio, além permitir que o aparelho fique mais leve.
A LG apostou em um meio termo em seu novo smartphone G3, anunciado ao mercado no final do mês passado. O dispositivo traz em sua parte traseira a chamada “metallic skin” (“pele metálica”), que nada mais é do que um plástico com visual metálico. Mesmo assim, não escapou de críticas. Em entrevista ao site TrustedReviews, o vice-presidente da divisão mobile da LG, Chul Bae Lee, saiu em defesa do uso do plástico no aparelho. Segundo Lee, usar metal encareceria o produto em US$ 300.
Já marcas como HTC e Huawei costumam caprichar no uso de materiais “premium” – como metal e vidro – no design de seus smartphones. Os modelos mais recentes, o One M8, da HTC, e o Ascend P7, da Huawei, são exemplos disso. Mas é preciso citar que o iPhone 4, da Apple, já tinha esse capricho no acabamento em 2010.
Para diferenciar-se, o G3 da LG traz alguns destaques, como os botões traseiros para ligar e controlar o volume do aparelho (característica já presente no modelo anterior, G2) e câmera de 13 megapixels com foco a laser (um recurso inédito nos smartphones). O aparelho também tem tela de resolução 2K (2560 x 1440 pixels, também chamada de tela Quad HD, ou QHD), o dobro do que tem os seus demais concorrentes, como o Galaxy S5, o modelo premium da Samsung, com seu display Full HD (1920 x 1080 pixels).
Outro top de linha recém-lançado é o Xperia Z2, da Sony. O smartphone. Que assim como o G3 faz filmes em resolução 4K (Ultra HD), consegue filmar até debaixo d’água. A caminho do Brasil no segundo semestre, pelo preço de R$ 2.499, o Z2 tem ainda como diferencial a pulseira SmartBand, com um sensor que acompanha as condições de saúde do usuário e que mantém registros sobre suas atividades, como as músicas ouvidas e as fotos tiradas com o celular. Se conectado ao console de games PlayStation 4, o Z2 também pode funcionar como segunda tela nos jogos.
Câmeras aprimoradas
Enquanto as telas grandes e com maiores resoluções não são mais novidades exclusivas dos smartphones de ponta, estes dispositivos têm buscado apresentar diferenciais ao melhorar também características de suas câmeras. Esses aprimoramentos acontecem tanto em hardware quanto em software.
Ao invés de promoverem o tamanho e a espessura de seus aparelhos, os fabricantes passam a enfatizar mais recursos como gravação de vídeos em resolução 4K e foco automático com base em detecção de fases. Este último recurso, presente no Galaxy S5, reduz o tempo de foco para 0,3 segundo. No G Pro 2 da LG, o destaque é o recurso de borrar ou melhorar o foco de uma área da foto apenas com um toque na tela. Esta função, que dá mais profundidade à fotos, é uma vantagem das câmeras DSLR, obtida com ajuste na abertura da lente. No G Pro 2, quem faz isso é um software.
Fonte: Diário do Nordeste
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