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Acidentes de motos – um problema de saúde pública

Os números de acidentes com motos crescem a cada dia, tanto nas zonas urbanas como rurais. As estatísticas são assustadoras. É uma verdadeira epidemia e com alto índice de mortalidade, sem falar no grande número de mutilados, sequelados e um uma grande morbidade associada às vítimas desse perigoso tipo de transporte.
Os acidentes de motos, sem duvidas, se tornaram um problema de saúde pública. Tanto pelos números estatísticos e epidemiológicos, bem como pela grande demanda crescente nas emergências dos serviços de traumato-ortopedia dos hospitais de todo país.
É justo ressaltar quanto aos prejuízos humanos que são irreparáveis, como também o volume financeiro substancioso que é gasto para garantir a atenção de saúde devida a esse mar de gente vítimas de acidentes com motos.

É muito oportuno afirmar que esse caso requer adoção de políticas públicas intervencionistas urgentemente. Pois, a frota de motocicleta é gigante. Em muitos lugares elas já são bem mais numerosas do que os carros. E não para de crescer, substituindo da bicicleta ao cavalo.
Não dá para renegar que esse veículo de duas rodas, proporciona agilidade no deslocamento frente a um trânsito engasgado e caótico. Além de ser um meio de transporte muito econômico. No entanto, engrossam as estatísticas dos acidentes de trânsitos e muitos deles fatais. E o mais grave, as estatísticas mostram que os acometidos, são na maioria, jovens do sexo masculino e na melhor fase produtiva de suas vidas.
Vale ressaltar, que hoje para se adquirir uma moto, basta possuir um CPF. Razão da grande infestação desse meio de transporte por toda parte. E muitas vezes sendo usado sem os cuidados devidos com recursos de segurança. Sem falar que as vezes é pilotada depois de motoqueiro ingerir bebidas alcoólicas, se tornando um passaporte para morte.
Nos últimos cinco anos, as mortes provocadas por acidentes de moto sofreram um aumento de aproximadamente 25% na regiões nordeste e sudeste. Muitos são os fatores determinantes desse alarmante índice, como: ultrapassagens perigosas, guiar entre um trânsito congestionado em velocidade elevada, avançar sinal, conversão proibida, circulação na contramão, dirigir sem o uso do capacete, motos sucateadas, motociclistas que as vezes não conhecem as leis do trânsito e circulam sem habilitação entre “N” outras incongruências.
Por um trânsito mais saudável e seguro; precisamos de ações nas dimensões preventivas e intersetoriais, envolvendo as três esferas de governos em prol desta causa.

Moacir de Sousa Soares
Sec. de Saúde de Caucaia-Ce.

 

Zeudir Queiroz