PREFEITOS CASSADOS NO CEARÁ PAGARÃO R$ 50 MIL À JUSTIÇA ELEITORAL

Crimes eleitorais que geraram eleições suplementares para prefeitos no Ceará custaram quase R$ 50 mil aos cofres públicos. Depois de a Justiça Eleitoral anunciar que deverá cobrar dos próprios políticos que perderam o cargo na chefia do Executivo, conforme O POVO publicou ontem, no estado essa quantia soma R$ 49,1 mil em seis municípios. Dentre eles, o processo eleitoral mais dispendioso ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) foi em Jardim, que gastou R$ 14,9 mil para eleger um novo prefeito. O município está localizado no extremo sul do estado, a 540 km de Fortaleza e possui 21,2 mil eleitores. Fora do calendário eleitoral ordinário, também foram eleitos prefeitos em Altaneira, gerando gastos na ordem de R$ 5,7 mil ao Estado; em Alcântaras, no valor de R$ 7,2 mil; em Umirim, com processo calculado em R$ 8,2 mil, e em Icapuí, somando R$ 9,7 mil em custos diretos da Justiça Eleitoral. De acordo com o TRE-CE, os valores são relativos a despesas com transporte de urnas, deslocamento de equipes, horas extras e diárias de hospedagem de servidores do Judiciário. Além disso, houve dispêndio de recursos para alimentação de mesários, motoristas e material de consumo, postagens por correio, dentre outros gastos. Eleição cancelada No município de Antonina do Norte, o custo calculado é o mais baixo dentre os seis processos eleitorais municipais no Ceará desde 2008. Isso porque antes mesmo de as eleições serem realizadas, o pleito fora suspenso por decisão liminar expedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O abortamento do processo ocorreu quatro dias antes, evitando gastos diretos com a votação e custando apenas R$ 2 mil. Este valor corresponde ao repasse para os Correios, a título de vales postais, para pagamento de alimentação dos mesários na eleição suplementar. De acordo com o TRE-CE, aguarda-se a devolução da quantia por parte dos Correios. Os números dizem respeito a gastos executados apenas pelo tribunal regional. Serviços oferecidos por outros órgãos, como segurança pública, não integram a conta que vai chegar aos prefeitos cassados. Além disso, recursos na ordem de R$ 1 mil correspondem ao custeio de taxas de administração dos Correios pela emissão dos vales postais nas eleições extraordinárias de Umirim e Altaneira que ainda não foram faturadas. Os prefeitos ainda não foram comunicados oficialmente pelo TSE. Fonte: O Povo
Zeudir Queiroz

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