A mobilização é em protesto a decreto do prefeito de Jijoca de Jericoacoara que dificulta acesso de cooperativas de turismos de Camocim e Cruz a vila de Jeri
Na entrada da praia do Preá, um dos acessos a Jericoacoara, barramento está impedindo a entrada e saída do destino turístico. Manifestantes se reúnem no local desde o início da manhã para protestar contra decreto assinado pelo prefeito de Jijoca de Jericoacoara, Lindbergh Martins (SD). A medida, intitulada de “trânsito zero”, proíbe estacionamento de veículos particulares e de cidades vizinhas na vila de Jericoacoara e será implementada a partir do dia 10 de junho.
Pela manhã, cerca de 300 pessoas, segundo a organização, participaram do barramento, que foi acompanhado pelas Polícias Militar e Rodoviária. Apenas ambulâncias, viaturas e turistas com voucher do aeroporto podem furar o bloqueio, que deve seguir até às 18 horas deste sábado, 1°. Durante a tarde, a expectativa dos organizadores é que 2 mil pessoas participem da ação, inclusive de deputados cearenses e dos prefeitos de Cruz, João Muniz (PSDB), e de Camocim, Mônica Aguiar (PDT).
Os dois municípios devem ser os mais afetados pela decisão de Martins, já que parcela da população dessas cidades vive a partir do trabalho no turismo de Jericoacoara. Por isso, o barramento deste sábado é o segundo realizado pela população. O primeiro ocorreu nesta sexta-feira, 31, e mobilizou, principalmente, moradores de Camocim que fizeram barramento na praia de Guriu.
Nas faixas das manifestações era possível ler “deixe-nos trabalhar! Jericoacoara é de todos”. “A população está reivindicando o trabalho dentro da vila de Jericoacoara barrado pelo prefeito”, explica o empresário do ramo de kitesurf, Jair Marques. Segundo ele, as associações de caminhoneiros e bugueiros tanto de Cruz como de Camocim querem “o não fechamento de Jeri” para os municípios, “que também fazem parte do parque de Jericoacoara”.
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Sobre a medida assinada pelo prefeito Lindenbergh Martins, Marques considera que é apenas “mais uma forma que eles encontraram para justificar esse fechamento, impedir o trabalho lá, buscar turistas e fazer os passeios”. A principal razão para essa decisão, acredita ele, seria pressão de cooperativas de turismo de Jijoca.
O prefeito Lindbergh Martins foi procurado pelo O POVO, mas nem ele nem a sua equipe atenderam as ligações feitas. Os prefeitos de Cruz, João Muniz, e de Camocim, Mônica Aguiar, também não retornaram os contatos.
Fonte: O Povo Online
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