Luizianne Lins atribui condenação de inelegibilidade a possível candidatura própria do PT

 A ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins declarou nesta sexta-feira (14) estar surpresa com a condenação de inelegibilidade por oito anos e atribuiu o caso a uma possível candidatura própria do PT para as eleições deste ano. “Nem presidente Lula, nem Dilma, nem Rui Falcão disse como seria o cenário no Ceará. O presidente Lula disse que não houvesse aliança base aliada, o PT teria candidato, disse isso ao Michel Temer. Portanto, atribuo essa decisão a essa possibilidade do presidente Lula levantou do PT ter candidatura própria”. Luizianne ainda relevou que seu nome estará disponível para o partido, caso o PT lance candidado para concorrer ao governo estadual. “Não tava na ordem do dia, não era a minha prioridade, não era o momento, agora, como eu defendo a tese, eu não posso ser incoerente. Se o meu nome aparece em segundo lugar nas pesquisas, não tenho direito de dizer que não serei candidata, se o PT tiver candidatura própria, o meu nome estará disponível para o partido”.
A ex-prefeita ainda comentou sobre a surpresa de ter sido condenada. “Isso me surpreendeu muito, por que isso daí exatamente no momento que PT toma a decisão de lançar uma campanha pela candidatura própria do PT. Minha surpresa, até pq não sou nem citada no processo em nenhum momento”. E completa: “A gente que está processando o atual prefeito por compra e crime eleitoral no dia da eleição de 2012 que todo mundo viu a forma discarada e criminosa que aconteceu o crime eleitoral por aqui”.
As declarações foram dadas durante manifesto do PT em apoio a candidatura própria do partido ao Governo do Estado na manhã desta sexta-feira (14), na Assembleia Legislativa.
Luizianne é condenada por abuso de poder político A ex-prefeita de Fortaleza foi condenada inelegível para as eleições que se realizarem nos próximos oito anos pelo juiz eleitoral Josias Menescal Lima de Oliveira, da 114ª Zona Eleitoral, na Capital cearense. O magistrado julgar uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, proposta pelo Ministério Público Eleitoral, em razão das eleições municipais de 2012. A denúncia de uso da máquina municipal “para desequilibrar a disputa eleitoral” em favor dos candidatos da ex-prefeita, incluia os nomes de Elmano de Freitas e Mourão Cavalcante. O primeiro disputando o cargo de prefeito e o segundo o de vice. O juiz, no entanto, entendeu que não havia provas suficientes “para confirmar que ambos tivessem conhecimento dos fatos”. Luizianne informou que irá recorrer da condenação no Tribunal Regional Eleitoral. “Vamos recorrer imediatamente, estou com processos, inclusive testemunhas que eles orquestraram para ser testemunha de acusação. Estamos vivendo uma coisa absolutamente surreal”. Com informações do repórter Alan Barros Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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