Em cerimônia de transmissão de cargo de governador do Ceará na noite deste sábado (2), no Palácio da Abolição, o agora ex-governador do estado, Camilo Santana, criticou o presidente da República, Jair Bolsonaro, e a atuação do governo federal, especialmente no combate à pandemia de Covid-19. A declaração foi feita enquanto Camilo relembrava os principais feitos de sua gestão à frente do governo estadual.
“Não nos rendemos aos negacionistas, principalmente àqueles que ocupam as mais altas esferas do poder. Não baixamos a cabeça para os que tanto tentaram sabotar as nossas ações, que tinham como único objetivo proteger os cearenses e minimizar os efeitos devastadores da pandemia”, declarou.
A renúncia de Camilo Santana ao governo do Ceará antes do fim do mandato, oficializada neste fim de semana para, possivelmente, concorrer ao Senado, é a segunda na história do estado. O mesmo aconteceu há exatos 20 anos, em 2002, com o então governador e hoje senador da República, Tasso Jereissati (PSDB).
Naquele ano, quando estava no terceiro mandato à frente do governo do estado, Tasso renunciou ao cargo para concorrer a uma cadeira no Senado, disputa que venceu meses depois, em outubro de 2002. Na ocasião, assumiu a gestão estadual o então vice-governador Benedito Clayton Veras, conhecido como Beni Veras.
Pela Lei de Inelegibilidade, de 1990, ocupantes de cargos públicos que pretendam disputar uma vaga nas eleições deste ano para um cargo distinto do que ocupa precisam deixar a função até seis meses antes do primeiro turno. Portanto, a regra não vale para candidatos que buscam a reeleição. Neste ano, o prazo para deixar o cargo termina neste sábado (2).
Fonte: https://gcmais.com.br/
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