Câmara de Maranguape tem tumulto e agressões após demissão de servidores temporários

Segundo denúncia do MPCE, bolsistas selecionados para o programa de empresa contratada pela prefeitura seria coincidentemente igual à lista de servidores temporários da gestão municipal em dezembro de 2022.

Foto: Reprodução
Uma confusão generalizada foi registrada na Câmara Municipal de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, na noite desta quinta-feira (31). O tumulto se deu por conta da demissão de mais de 900 pessoas que estavam vinculadas como bolsistas a um instituto contratado pela prefeitura para selecionar servidores temporários. O alvo dos protestos foi um vereador que denunciou o esquema ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Em vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ver o plenário ocupado por dezenas de manifestantes e, alguns deles, chegam a agredir o vereador e outros parlamentares que estavam na sessão. Uma mulher é vista tentando arremessar um objeto contra um dos vereadores, mas é contida por outras pessoas.
A Polícia Militar foi acionada e entrou no plenário para conter os ânimos, conforme mostram outros vídeos registrados na casa. Do lado de fora da Câmara, uma multidão gritava palavras de ordem protestando contra o fim do contrato com a empresa e a suspensão das bolsas.
A reportagem  entrou em contato com a prefeitura de Maranguape para solicitar esclarecimentos sobre o caso e aguarda resposta para atualizar a matéria. O Portal também entrou em contato com a Polícia Militar que esteve atuando no local, mas foi informado que a demanda será respondida na manhã desta sexta-feira (1º).

MPCE recomendou prefeitura de Maranguape suspender contrato com empresa

Em julho deste ano, o MPCE, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Maranguape, recomendou que o município de Maranguape suspendesse o contrato firmado com o Instituto Nacional de Gestão, Educação, Tecnologia (INGETI), empresa selecionada pelo ente público para executar o “Programa Qualifica”, e se abstivesse de realizar qualquer repasse de valores para o INGETI. A medida foi tomada após um Inquérito Civil apurar que a lista de bolsistas selecionados para o programa seria coincidentemente igual à lista de servidores temporários da prefeitura em dezembro de 2022. Conforme a denúncia do MPCE, a prática retira direitos laborais básicos dos contratados, que continuam exercendo suas funções de servidores temporários, mas sem ter a cobertura previdenciária, devido à nova roupagem do vínculo dado pelo programa.

Vereador agredido se defende

Alvo dos manifestantes, o vereador Neto Girão, gravou um vídeo repudiando as agressões sofridas. “Hoje o que aconteceu foi um fato muito triste. Agressão à minha pessoa. Reitero meu repúdio a qualquer ato de violência e que sou a favor a qualquer ato de manifestação, desde de que seja pacífico.”, disse. Ele agradeceu o apoio recebido e disse que está bem, em casa e afirmou que em breve os fatos serão esclarecidos. “Continuarei lutando pela verdade ! Ela aparecerá e povo de Maranguape saberá quem de fato está lutando pelo melhor para nossa cidade”, concluiu Fonte: https://gcmais.com.br/
Zeudir Queiroz

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