Familiares e populares acompanharam cortejo na tarde desta segunda (11).
Mulher gritou por ‘justiça’ no momento do sepultamento do menino.
Foi enterrado por volta das 14h desta segunda-feira (11) em São Joaquim da Barra (SP) o corpo do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, encontrado morto no Rio Pardo, em Barretos (SP), na tarde deste domingo (10). Amigos e familiares da criança acompanharam o cortejo do velório até o cemitério municipal.
Além do pai de Joaquim, familiares da mãe do garoto, Natália Ponte, também acompanharam o velório e o enterro. A psicóloga e o padrasto do menino, Guilherme Longo, presos desde a noite de domingo, não foram autorizados a participar do sepultamento do garoto. Para a Polícia Civil, Longo é considerado o principal suspeito do crime, porém, a polícia não descarta a participação de Natália no desaparecimento e na morte da criança.
ao ver o caixão do neto (Foto: Eduardo Guidini/G1)
Comoção
A técnica em informática Andreia Lopes, de 42 anos, é amiga da família de Natália e participou do velório e do enterro de Joaquim. Emocionada, ela disse que a comoção pela morte do menino foi grande, já que a família da psicóloga é muito conhecida na cidade. “Todos eles são conhecidos. O senhor Vicente [pai de Natália] tem uma oficina onde todo mundo leva o carro para consertar”, diz.
De acordo com Andreia, Natália e Longo sempre passeavam com Joaquim e com o bebê do casal na época em que viviam em São Joaquim da Barra. “Eu sempre os via brincando na praça. Espero que a Natália não tenha nada a ver com isso, se bem que acho difícil que isso não tenha acontecido. Se eu tivesse um filho pequeno, um bebê e outro com diabetes, eu não dormiria assim tão fácil como ela falou que dormiu”, afirma.
Amigo do pai de Joaquim, o empresário Murilo Camata veio de São Paulo com outros três colegas para acompanhar o velório e o sepultamento do menino. Apesar de nunca ter tido muito contato com a criança, Camata afirma que a convivência entre o pai e a mãe era tranquila. “Sempre via pela internet que eles se davam bem, que era uma convivência harmoniosa enquanto ela [Natália] estava com o Arthur. O importante agora é dar força pro Arthur para que ele consiga superar esse obstáculo. Por isso fizemos questão de vir aqui. Ele está muito abalado”, conta.
(Foto: F.L. Piton/A Cidade)
Corpo encontrado
O corpo de Joaquim foi encontrado pelo dono de um rancho, boiando no Rio Pardo, em Barretos, no início da tarde deste domingo. Ele havia desaparecido na madrugada da última terça-feira (5), de dentro da casa da mãe, em Ribeirão Preto (SP). Segundo o delegado João Osinski Júnior, diretor do departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), a criança vestia um pijama estampado idêntico ao descrito pela família no boletim de ocorrência registrado no dia do desaparecimento.
Exames iniciais feitos pelo IML revelaram, segundo Osinski Júnior, que o pulmão de Joaquim não apresentava água, o que descarta a possibilidade da morte por afogamento. O fato evidencia a suspeita de homicídio, já que a criança, de acordo com a polícia, foi jogada no córrego Tanquinho, nas proximidades da casa da família.
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro não informou o local onde os dois permanecem detidos, mas confirmou que ambos devem prestar novos depoimentos na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto, nesta segunda-feira.
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