O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar neste domingo, 10, sobre o veto à distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade. No litoral paulista, onde passa o feriado, Bolsonaro alegou, de novo, que o projeto não tem “fonte de receita”.
“Se o Congresso derrubar o veto do absorvente, vou tirar dinheiro da saúde e da educação. Tem que tirar de algum lugar”, disse o presidente. O presidente afirmou que, caso não vetasse, estaria cometendo crime de responsabilidade e que, com isso, correria risco de sofrer processo de impeachment.
Questionado sobre a possibilidade de reavaliar a decisão, Bolsonaro afirmou que isso só acontecerá caso tenha fonte de receita.
Na sexta-feira, 8, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), indicou que o veto poderá ser derrubado no Senado. O político lembrou que, quando pautado na Casa, o projeto foi rapidamente aprovado.
“O Congresso está pronto para contribuir com o governo nas soluções de cunho fiscal, mas considero desde já que esse veto é ‘candidatíssimo’ a ser derrubado”, disse o deputado. No mesmo dia, após a repercussão negativa da decisão, o governo recuou e disse que irá trabalhar para viabilizar a medida.
Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação disse que “reconhece o mérito da medida”. Segundo a Secom, porém, os pontos vetados “apresentavam problemas técnicos e jurídicos”.
Fonte: https://www.opovo.com.br/
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