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Promotora responsável pelo caso do Telexfree diz ter sido ameaçada de morte

Alessandra Marques, promotora de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Acre (MPE/AC), diz ter sofrido ameaça de morte por investigar a empresa Telexfree. As ameças foram postadas na sua página pessoal do Facebook.

Em razão das ameaças, o Ministério Público (MP) pediu proteção policial para Alessandra Marques, que está sendo acompanhada diariamente por policiais. Mesmo correndo riscos, a promotora não se diz intimidada e afirma não ter mudado a rotina. “Muitas pessoas não entendem que estamos querendo preservá-las.

Nosso objetivo é fazer com que a empresa devolva o dinheiro que os divulgadores investiram”, afirmou a promotora. Além de Adriana, a juíza da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, Thaís Borges, que pediu a paralisação dos serviços da Telexfree, também disse estar sendo ameaçada.

Telexfree é acusada de pirâmide financeira

Atuando no Brasil desde o ano passado, a Telexfree é acusada de pirâmide financeira, prática de que é proibida no Brasil e configura crime contra a economia popular (Lei 1521/51), pois só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Se novos divulgadores deixam de investir, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e pode entrar em crise, modelo de negócio que é considerado insustentável pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda.

A empresa, que está impedida de operar e realizar pagamentos por suspeita de pirâmide financeira, divulgou nota no último sábado (20), oferecendo à Justiça do Acre uma garantia de quase R$ 660 milhões para conseguir o desbloqueio de suas contas e voltar a operar. A Telexfree também continua impossibilitada de realizar novos cadastros de divulgadores, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz