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Principais acontecimentos da manifestação que reuniu mais de 80 mil pessoas em Fortaleza

Robson Cavalcante

 

Atualizada às 18h01min

Avenida Paulino Rocha já está liberada. Apenas alguns manifestantes permanecem na via e o Batalhão de Choque utiliza bombas de gás lacrimogêneo para finalizar a dispersão do grupo. Algumas pessoas jogam pedras na direção dos policiais; um dos manifestantes pegou uma barreira e também arremessou na direção do Batalhão de Choque. Nesse momento, outros grupos de manifestantes seguem na direção da BR-116.

 

Funcionários das empresas de ônibus demonstram preocupação com a volta dos torcedores, pois, por causa dos danos causados pelos confrontos nos veículos, a frota foi reduzida. Torcedores que dependem desse bolsão de estacionamento, em frente à Seuma, podem ter problemas no retorno. Nesse momento, pouco mais de dez ônibus urbanos estão parados nas proximidades da Seuma, a maioria com janelas quebradas.

17h54min

Após confronto com a Polícia, manifestantes começam a se dispersar na avenida Paulino Rocha. Nesse momento, ônibus urbanos estão próximos da Seuma à espera dos torcedores que chegarão após o fim do jogo. Algumas dezenas de manifestantes ainda estão na via, mas não ocorre mais confronto direto com os policiais do Batalhão de Choque. A dispersão começou quando foram lançadas as bombas de gás lacrimogêneo.  O grupo de manifestante segue agora em direção à avenida Oliveira Paiva.
O último grupo que estava na avenida Paulino Rocha foi dispersado com mais bombas. Polícia continua ocupando via.

 

17h40min

Na avenida Paulino Rocha, manifestantes recuaram até a altura da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). Nesse momento, a equipe da Cavalaria está na frente do bloqueio formado pelo Batalhão de Choque. Na rua Jornalista Antônio Ponte Carvalho, foram lançadas bombas de gás lacrimogêneo, que chegaram a atingir as pessoas nas residências. Moradores saíram de suas casa e houve discussão com a Polícia. Algumas crianças também foram atingidas pelas bombas.

 

Carro dos Bombeiros está nas proximidades da Seuma para apagar focos de incêndio, iniciados pelos manifestantes com objetos de plásticos. Um manifestante foi atingido por uma bomba de gás e foi levado por uma ambulância para atendimento médico.

 

17h21min

Clima tenso na avenida Paulino Rocha. Polícia continua jogando bombas de gás lacrimogênio na direção dos manifestantes que, nesse momento, começam a recuar. Alguns objetos de plástico foram utilizados pela manifestação para fazer fogo. Manifestantes também atiraram algumas pedras na direção do Batalhão de Choque.  Moradores de locais próximos ao Castelão, no entorno do rio Cocó, dentro da área de segurança definida pela Polícia, estavam reunidos próximo a suas casas e foram dispersados com bombas de gás pela Polícia.

 

17h15min

Mais policiais do Batalhão de Choque chegaram neste momento na avenida Paulino Rocha para reforçar o cordão de isolamento feito para conter os manifestantes. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas pela Polícia, além de spray de pimenta. Nesse momento, muitas pessoas estão sentadas no chão, mas continuam a cantar hinos e gritar palavras de ordem. Moradores das comunidades próximas tentam ultrapassar o bloqueio para ter acesso às residências. O confronto começou após um bêbado de bicicleta tentar ultrapassar o bloqueio dos PMs.  População também reclama da ação da Polícia.

 

16h50min

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), participaram dos protestos em Fortaleza entre 80 mil e 100 mil manifestantes.  Ainda há grupos nas avenidas Alberto Craveiro e Paulino Rocha. Já ocorre dispersão de manifestantes, mas ainda há muita gente nas ruas.

Agora há pouco, segundo equipe de reportagem do O POVO, que está na área dos protestos, populares estavam assistindo – em clima pacífico – a partida entre Brasil e México nas calçadas e a Polícia abordou o grupo, fez ameaças e apontou armas na direção das pessoas. O caso ocorreu na Aerolândia, nas proximidades com a BR-116. A comunidade está em pânico por conta da ação da Polícia.

 

16h28min

Agora há pouco, manifestantes saquearam uma loja de conveniência (Posto BR), localizada na altura da rotatória da avenida Alberto Craveiro. Alimentos e bebidas – inclusive cerveja – foram levadas pelos vândalos. Um carro de reportagem da TV Verdes Mares, que estava no estacionamento do supemercado Makro, foi depredado.

 

16h05min

Nesse momento, mais manifestantes estão chegando à avenida Paulino Rocha, um dos acessos à Arena Castelão. A Polícia continua jogando bombas de efeito moral e de gás para tentar dispersar as pessoas. Bombas também foram arremessadas quando torcedores estrangeiros tentavam passar. Agora há pouco, um novo grupo de manifestantes chegou – portando faixas e cartazes ao local – para se juntar ao protesto. Apesar dos policiais não deixarem o grupo avançar, os manifestantes não cedem e continuam ocupando a via.

 

15h20min

Nesse momento, o sentido Interior-Fortaleza, da BR-116, foi liberado pelos manifestantes.

Manifestantes chegaram a bloquear o acesso ao Castelão pela avenida Paulino Rocha. Mas a PM conseguiu dispersar a manifestação no local, nas próximidades da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma).

Na avenida Alberto Craveiro, manifestantes retiraram placas de obras da Copa, que estavam ao longo da via – e atearam fogo. Pneus também foram utilizados para formar a barricada, montada no meio da via. Pelo menos três pessoas foram presas durante a ação. A cavalaria voltou a bloquear a rotatória do Castelão para impedir o acesso dos manifestantes.

Fonte: O POVO