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Polícia Civil do Rio de Janeiro prende sócio de laboratório envolvido em transplante de órgãos infectados com HIV

Ações fazem parte da primeira fase da operação “Verum”, conduzida pela Delegacia do Consumidor da Polícia Civil do Rio de Janeiro

Foto: Rafael Campos/Polícia Civil do Rio

Nesta segunda-feira, 14 de outubro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um dos sócios do Laboratório PCS Saleme, suspeito de emitir laudos que resultaram em transplantes de órgãos contaminados com HIV para seis pacientes. A ação faz parte da primeira fase da Operação Verum, conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon), e incluiu a execução de 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão.

A operação mobilizou 40 agentes na capital fluminense e em Nova Iguaçu, onde fica a sede do laboratório, um dos principais alvos das investigações. As autoridades buscam identificar todos os responsáveis pela emissão dos laudos médicos. A polícia também investiga a possibilidade de outros casos de contaminação envolvendo a empresa.

Embora ainda não tenham sido divulgados detalhes sobre os demais locais de busca e os outros mandados de prisão, o secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi, destacou a rapidez com que as investigações avançaram: “Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade”.

Transplantes de órgãos contaminados com HIV

O caso veio à tona após a revelação de que seis pacientes receberam órgãos contaminados com HIV, gerando grande repercussão e preocupação. O Laboratório PCS Saleme, em nota enviada à Agência Brasil na última sexta-feira, afirmou que todos os exames de HIV realizados entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024 foram comunicados à Central Estadual de Transplantes. Os testes foram feitos utilizando kits recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.

O laboratório também anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar as responsabilidades no incidente, classificado pela empresa como um episódio “sem precedentes” em sua história. O PCS Lab informou que dará suporte médico e psicológico aos pacientes infectados e às suas famílias, além de colaborar plenamente com as autoridades na investigação do caso.

As autoridades continuam trabalhando para esclarecer todos os aspectos desse grave episódio, que chocou a comunidade médica e os familiares dos pacientes afetados.

Com informações do Gcmais

Zeudir Queiroz