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PF Deflagra operação falsioloquium contra fraudes bancárias em quatro estados brasileiros

O grupo criminoso usava documentos falsos para abertura de contas e obtenção de valores indevidos

Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (4) a Operação Falsioloquium, visando desmantelar um grupo criminoso suspeito de praticar fraudes bancárias em quatro estados do Brasil: Ceará, Pernambuco, São Paulo e Maranhão. A ação ocorre após investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia Federal de Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, que apontaram o envolvimento de uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras através da falsificação de documentos.

Na operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 16ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Juazeiro do Norte. Conforme apurações da PF, o grupo se beneficiava de valores indevidos ao abrir contas bancárias com documentos falsos, esquema que gerou prejuízos a diversas instituições financeiras.

As investigações tiveram início em junho deste ano, após a prisão em flagrante de um suspeito que tentava abrir uma conta bancária na Caixa Econômica Federal de Mauriti, município no interior do Ceará, usando documentos fraudulentos. A prisão do indivíduo revelou que ele tinha antecedentes criminais e era possivelmente ligado a uma facção criminosa. Com o avanço das investigações, foi identificado que a rede atuava em diversas localidades no Ceará, Pernambuco e Paraíba, sempre utilizando documentação falsificada para executar as fraudes.

Os envolvidos podem responder por crimes de organização criminosa, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso, estelionato qualificado e lavagem de dinheiro. A operação recebeu o nome de “Falsioloquium,” que significa “mentira” em latim, referindo-se ao modus operandi do grupo, que utilizava dados e identidades de terceiros para obter vantagens ilícitas.

A PF segue com as investigações para identificar e deter outros possíveis integrantes do esquema e apurar a extensão dos danos financeiros causados pela organização.

Zeudir Queiroz