
Uma pesquisa da Quaest divulgada nesta semana revela que 56% dos brasileiros são contrários à anistia dos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. Para esses entrevistados, os envolvidos “devem continuar presos por mais tempo, cumprindo suas penas”. Em contrapartida, 34% acreditam que os acusados já cumpriram pena suficiente ou nem deveriam ter sido presos.
Rejeição à anistia também aparece entre bolsonaristas
Mesmo entre eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, há resistência à ideia de anistiar os envolvidos. Segundo a pesquisa, 36% desses apoiadores acham que os acusados não deveriam ter sido presos, 32% defendem que continuem presos e 25% acreditam que já poderiam estar em liberdade. A divisão interna mostra que o tema é controverso até mesmo na base bolsonarista.
População vê Bolsonaro como envolvido nos ataques
Outro ponto sensível para o ex-presidente é a percepção de sua responsabilidade nos ataques. Segundo o levantamento, 49% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro teve participação na tentativa de golpe de Estado, enquanto 36% acham que ele não esteve envolvido. O dado reforça a imagem negativa do ex-presidente diante de parte significativa da população.
Apoio popular enfraquecido
Neste domingo (7), apoiadores de Bolsonaro realizam um ato na Avenida Paulista para pedir anistia aos envolvidos nos ataques. No entanto, o movimento enfrenta dificuldades para mobilizar multidões. O último evento, realizado em Copacabana, foi considerado um fracasso de público, evidenciando o desgaste da narrativa bolsonarista.
Divisão sobre possibilidade de prisão de Bolsonaro
A pesquisa ainda mostrou um empate técnico nas expectativas quanto ao futuro jurídico de Bolsonaro. Para 46% dos entrevistados, ele será preso. Outros 43% acreditam que o ex-presidente escapará da prisão. A divisão se acentua conforme a orientação política: entre os eleitores de Lula, 56% acreditam que Bolsonaro será preso; entre os bolsonaristas, 55% acham que ele permanecerá em liberdade.
O levantamento ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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