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Padrão de qualidade eleva custo de gasolina

 

Imagem ilustrativa

Com a obrigação de vender gasolina de melhor qualidade a partir da próxima segunda (3), importadores de combustíveis estão pagando, em média, R$ 0,07 por litro a mais em suas compras no exterior, o que deve refletir em aumento de custo para o consumidor.
Ontem, a Petrobras informou que suas refinarias já produzem o combustível com padrões de qualidade previstos para entrar em vigor apenas em 2022, antecipando meta estabelecida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
As novas especificações da gasolina brasileira foram aprovadas em janeiro, com o objetivo de impedir a venda de combustível de menor qualidade. Petrobras e a ANP alegam que eventuais aumentos de preço devem ser compensados por melhora no rendimento dos motores.
A mudança no padrão afeta mais a parcela do produto que é importada, já que a Petrobras vem produzindo desde o início do ano de acordo com as especificações que se tornam obrigatórias nesta segunda. Em maio, segundo a ANP, 20% do mercado brasileiro foi abastecido por gasolina comprada fora do país.
As novas regras estabelecem limites mínimos de massa específica mínima e de octanagem do tipo RON (indicador para a resistência a detonação em motor com giro baixo) e foram definidas em duas etapas: primeiro, a octanagem RON passa a ser, no mínimo, de 92. Em 2022, o piso passa para 93.
A Petrobras informou, porém, que todas as suas refinarias já produzem o combustível com a octanagem RON 93. “Ajustamos nossos processos de refino e estamos prontos para antecipar o padrão de qualidade previsto para 2022”, disse a diretora de Refino e Gás Natural da estatal, Anelise Lara.
Fraudes
Segundo a estatal, o novo padrão dificulta fraudes na gasolina, combatendo a adulteração com solventes e nafta (um derivado de petróleo usado pela indústria petroquímica) de baixa qualidade. A empresa não detalhou qual o impacto da antecipação da meta no preço do combustível.
Desde maio, a Petrobras promoveu nove reajustes no preço da gasolina, movimento que acompanhou a recuperação das cotações internacionais do petróleo após o relaxamento de medidas de isolamento social ao redor do mundo.
O limite de octanagen RON é mais comum em países europeus e asiáticos. Nos Estados Unidos e México, por exemplo, usa-se um indicador chamado IAD (índice antidetonante), que é uma média aritmética entre a octanagem RON e a MON (definida em testes com giro alto).

Fonte: https://www.oestadoce.com.br/

Zeudir Queiroz