As promotorias de Defesa do Consumidor, de Defesa dos Direitos Humanos e do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Acre, ajuizaram ação que propõe, entre outros pontos, o ressarcimento dos divulgadores da Telexfree (Ympactus Comercial LTDA), impedida pela Justiça de ingressar novos investidores.
(Foto: Asscom MP-AC / Divulgação)
De acordo com o promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Marco Aurélio Ribeiro, a empresa terá que apresentar a relação de todos os divulgadores cadastrados e valores investidos por eles. “Nós pedimos que sejam ressarcidos os divulgadores nos valores que eles ingressaram. E se houver saldo residual apurado, que eles sejam revertidos em prol de pagar as bonificações que foram prometidas pela empresa”, explica.
Além disso, o MP pede a declaração de que as atividades da Telexfree são ilícitas para que ela seja dissolvida. “Pedimos a confirmação das decisões que foram dadas naAção Cautelar, a declaração de nulidade de todos os contratos celebrados entre a empresa e os divulgadores. Eles foram celebrados dentro de um objeto ilícito e já que é ilícito o contrato é nulo”, afirmou Aurélio.
A ação ajuizada pede ainda a condenação da empresa por danos morais coletivos, a responsabilização dos sócios por prática de atos ilícitos e pagamento de multa de no mínimo R$ 8 milhões. “Pedimos também que tanto a empresa quanto os sócios se abstenham a praticar qualquer ato dessa natureza futuramente sob pena de multa”, concluiu o promotor.
Entenda o caso
A atuação da empresa está suspensa em todo o país por decisão da Justiça do Acre desde o dia 18 de junho, que impediu novas adesões e pagamentos aos divulgadores.
A Telexfree é suspeita de atuar em um esquema de pirâmide financeira, ilegal no Brasil. Esse tipo de negócio pode prejudicar os últimos investidores a aderirem. A estimativa é de que cerca de 1 milhão de pessoas em todo o país tenham se associado à Telexfree.
Fonte: G1
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