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Mocidade Alegre é bicampeã do Carnaval paulista

A Mocidade Alegre, presidida por Solange Cruz Bichara Rezende, foi consagrada bicampeã do Carnaval de São Paulo. A escola, que fica no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo, foi a terceira a desfilar no sambódromo do Anhembi na madrugada de domingo.

Mocidade Alegre venceu com o melhor enredo. Foto: arquivo

Este é o nono título da história da escola. A escola venceu por critério de desempate no quesito Enredo. A Rosas de Ouro ficou em segundo lugar com o mesmo número de pontos.

No ano passado, a Mocidade Alegre conquistou o título de campeã, após uma confusão que interrompeu a apuração do Carnaval de São Paulo. A agremiação desfilou com enredo baseado no livro “Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado, para tratar de temas como a escravidão e a cultura afro-brasileira e foi a única a tirar nota 10 em todos os quesitos.

Neste ano, o enredo foi “A Sedução Me Fez Provar, Me Entregar à Tentação… Da Versão Original, Qual Será o Final?” mostrou que os pecados podem levar ao céu, e não ao inferno.   A comissão de frente, “o poder da sedução”, veio acompanhada pelo abre-alas, com 30 metros de comprimento e 10 metros de largura. Um homem segurava a maçã que condenou Adão e Eva. Ao todo, ela levou 3.200 pessoas à avenida, divididos em cinco carros alegóricos e 25 alas.

A bateria da atual campeã do Carnaval paulistano levantou o público na arquibancada. Comandada pelo mestre Sombra, ela é chamada de Ritmo Puro. Ao lado do mestre foi seu filho de 12 anos, o Sombrinha. Em seguida, a escola levou os sete pecados capitais para a avenida, seguidos pela redenção e a chegada ao paraíso. A segunda alegoria veio com a mensagem “Bem-vindo ao céu”. São Pedro atua como um grande promoter, e só deixa entrar em sua festa VIP aqueles que tem o nome na lista.

A Mocidade também levou para a avenida algumas ideias sedutoras em diferentes alas contestando os limites humanos, como a capacidade de voar, inteligência artificial e a vagem no tempo. A agremiação ainda bagunçou os contos de fada, apresentando-os sob uma perspectiva diferente, com princesas traiçoeiras e lobos bons. A ala das baianas apareceu como “boadrastas”, depois de lobos-maus do bem.

Outra ala da escola lembrou a história da Chapeuzinho Vermelho. Mas como o tema é sedução, elas entram com um corpete preto debaixo da capa. Sem medo do Lobo Mau e sem vergonha da Vovozinha, que também integram a ala. De acordo com a escola, é a ala da “chapeuzinho piriguete”.

O quarto carro da escola fala sobre a Branca de Neve. Sem medo da patrulha do politicamente correto, portadores de nanismo representam os sete anões, ao lado de crianças. O desfile foi encerrado aos gritos da arquibancada e dos componentes da escola de “É campeão!”

Do Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz