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Ministro das Comunicações diz que Dilma tomou as “rédeas” da crise

Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado, o ministro da Comunicação, André Figueiredo (PDT), afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT), tem se articulado, nesse período de recesso, para conseguir vencer o processo de impeachment, que terá continuidade no retorno dos trabalhos, na Câmara dos Deputados, em fevereiro.

André Figueredo“A presidente Dilma tem tomado as rédeas dos processos. Desde que essa crise política se avolumou, ela não tem transferido essa responsabilidade a nenhum ministro. Ela tem tido, semanalmente, reuniões conosco e com toda equipe ministerial, e a nossa vivência está sendo levada à presidente Dilma, para dar suporte a suas posições e montar algumas estratégias”, revelou.

De acordo com André Figueiredo, a presidente da República está dialogando com os partidos, com os parlamentares individualmente e com a bancada. “Nós temos a convicção de que, ao voltarmos do recesso, é chegado o momento de se eleger os representantes dessa Comissão Especial que votará pela admissibilidade ou não do impeachment, mas de qualquer maneira vai ao plenário, então serão duas batalhas”, frisou o ministro, dando conta de que a base aliada não se contentará com os 171 votos de que Dilma necessita para vencer o processo. “É definitiva a ideia do Governo de ter a maioria, não apenas com o número necessário, que seria de 171 votos, mas vamos buscar 257 apoios”, salientou.

“Ela está muito convicta de que vai enfrentar todos esses processos, ela está muito determinada para resolver e derrotar esses problemas que estão sendo ocasionados. Ela já enfrentou situações piores em sua vida, ela é uma lutadora pela democracia no Brasil, e como presidente da República, vai resolver os problemas. E nós, como somos de sua base, vamos ajudá-la a resolver esses problemas”, acrescentou.
André criticou ainda o longo período de recesso dos poderes Legislativo e Judiciário.

“Veio em momento de muita turbulência”, avalia, pontuando que, particularmente, avalia que o recesso deveria ocorrer até o 11 de janeiro. “O Brasil precisa sair dessa indefinição política, retomar todas essas discussões que atingem o presidente da Câmara [Eduardo Cunha], que de uma forma contundente optou pelo processo de impeachment, em que não cabe mais discutir o mérito, foi uma decisão monocrática da sua parte, isso tem que enfrentado e efetivamente derrotado”, salientou, defendendo ter absoluta convicção de que não houve nenhum crime de responsabilidade fiscal que justifique a abertura do processo de impeachment.

Fazenda
Ao avaliar o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, Figueiredo avalia que o novo titular da Pasta vai conseguir retomar o crescimento do Brasil. “Barbosa, junto com o ministro do Planejamento, Valdir Simão, vai formar uma dupla muito voltada para esse objetivo, que foi determinado pela presidente Dilma, e fazer com que os brasileiros voltem a ter esperança”, disse o ministro, defendendo que é chegado o momento de o Brasil parar de conviver constantemente com notícias ruins. “Precisamos dar uma virada nessa página”.

Zeudir Queiroz