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Menos da metade do Ceará se inscreveu no Mais Médicos

O último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde revelou que apenas 82 das 184 cidades do estado aderiram ao Programa Mais Médicos. Dos 128 municípios do Estado prioritários, apenas 64 efetuaram o cadastro. As inscrições seguem abertas até quinta-feira (25)

O ministro Alexandre Padilha passou por vários estados, incluindo Fortaleza, para divulgar o programa FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Em todo o País o programa registrou 1.874 municípios inscritos até o momento. Todos os municípios do país podem aderir ao programa. Porém, os médicos serão encaminhados prioritariamente para municípios e regiões metropolitanas com alta vulnerabilidade social ou Distritos Sanitários Especiais Indígenas que tiverem se inscrito no programa.

Na última terça-feira, o Programa Mais Médicos foi alvo de mobilizações no Ceará e em diversos outros Estados do Brasil. Em Fortaleza, durante a manhã, cerca de 40 profissionais se reuniram numa coletiva para debater os rumos da profissão e protestar contra as medidas do governo federal na área de saúde, como os vetos à Lei do Ato Médico e o programa.

Nesta semana, autoridades do governo federal percorreram todas as regiões do país, reunindo -se com prefeitos e secretários de Saúde para mobilizar os municípios a participarem do Mais Médicos. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e outros representantes do ministério estiveram em Salvador (BA), Montes Claros (MG), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Recife (PE), São Paulo (SP), Belém (PA), Manuas (AM) e São Luís (MA).

“O Mais Médicos vai ajudar a fortalecer a atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital. E o que faz diferença no atendimento à população é o médico presente na unidade básica de saúde perto de casa. Não se faz saúde sem bons profissionais”, esclarece o ministro.

Ministério investe R$ 237 milhões no Estado

No Ceará, já foram investidos R$ 140 milhões para obras em 966 unidades de saúde e R$ 12,5 milhões para compra de equipamentos para 244 unidades. Também foram aplicados R$ 56 milhões para construção de 35 UPAs e R$ 29 milhões para reforma/construção de 46 hospitais.

Em Fortaleza, a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) divulgou, nesta quarta-feira (24), um manifesto contra o Programa Mais Médicos, criticando a forma como foi lançada pelo governo federal e rejeitando a contratação de médicos estrangeiros sem a exigência do exame de revalidação de diploma.

O Programa Mais Médicos prevê, também, a criação de 11,5 mil novas vagas de Medicina e 12 mil de residência em todo o país, além do aprimoramento da formação médica no Brasil com a inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz