Mano Menezes foi demitido nesta sexta-feira (23) do comando da seleção brasileira de futebol. A decisão foi tomada após reunião na Federação Paulista de Futebol (FPF), em São Paulo, entre o presidente da CBF, José Maria Marin, o vice Marco Polo del Nero, e o diretor de Seleções, Andrés Sanches, que o comunicou da demissão.
A nova comissão técnica só deve ser anunciada em janeiro de 2013. os técnicos Tite (Corinthians), Muricy Ramalho (Santos) e Luiz Felipe Scolari (ex-Palmeiras) são os mais cotados para ocupar o cargo de Mano. Foto: Agência Reuters / Paulo Whitaker
As desavenças entre o presidente da CBF, José Maria Marin, e Mano eram corriqueiras. Perguntado nos últimos meses sobre o futuro da comissão técnica da seleção, Marin já evitava garantir a permanência do treinador.
Mano esteve pela última vez no comando do time nacional na quarta-feira passada (21), quando o Brasil perdeu por 2 a 1 para a Argentina, mas ficou com o título no Superclássico das Américas por vencer na cobrança dos pênaltis.
A seleção brasileira só volta a jogar em fevereiro de 2013, quando enfrenta a Inglaterra em Wembley.
Na Seleção
Ex-técnico do Corinthians, Mano chegou à seleção depois da Copa do Mundo de 2010. Ele foi contratado após Muricy Ramalho, que estava no Fluminense, recusar o convite do ex-presidente da seleção brasileira Ricardo Teixeira. Mano assumiu a vaga deixada por Dunga, que caiu após o Brasil ser eliminado pela Holanda no Mundial da África do Sul, em julho de 2010. No total, comandou o time por 40 jogos, o primeiro deles no dia 10 de agosto de 2010 contra os Estados Unidos.
Marin esteve em Buenos Aires na noite de quarta-feira, para o jogo entre Brasil e Argentina, decisão do Superclássico das Américas, mas foi embora quando o jogo estava de 1 a 1. Não viu a decisão por pênaltis, a vitória do Brasil e a conquista do primeiro título da seleção brasileira em sua gestão. A atitude contrasta com o que fez na final da Olimpíada de Londres, sua primeira competição no cargo.
Logo após a derrota para o México em Londres-2012, o presidente da CBF foi ao vestiário e fez um discurso de apoio a Mano Menezes e aos jogadores. Dias depois, em Estocolmo, onde a seleção venceu um amistoso contra a Suécia, Marin fez questão de falar com Mano na frente das câmeras. Apertou-lhe a mão, abraçou-o e deu entrevistas para bancá-lo no cargo.
Há duas semanas, no anúncio das sedes da Copa das Confederações, Marin foi novamente vago ao falar sobre a continuidade de Mano. “Vamos esperar passar o Natal”, disse, quando questionado sobre o assunto. Após a vitória nos pênaltis sobre a Argentina, o treinador fez um balanço positivo do ano da seleção – ressaltou o segundo semestre -, mas voltou a falar que “agora é o momento de ter serenidade”.
Depois da derrota na decisão da Olimpíada, a seleção colecionou bons resultados. Bateu Suécia, África do Sul, China, Iraque e Japão, além de empatar com a Colômbia.
Nos duelos entre as seleções locais de Brasil e Argentina, os comandados por Mano venceram por 2 a 1 em Goiânia e perderam pelo mesmo placar em Buenos Aires. Mas levaram o título nos pênaltis.
Do Diário do Nordeste
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