Lula critica quem fala mal do Bolsa Família e diz que programa é alvo de preconceito

Em discurso na cerimônia de comemoração dos dez anos do programa Bolsa Família, o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que lançou a iniciativa no primeiro ano do seu governo, em 2003, rebateu os críticos da ação e disse ontem que, se tivesse de recomeçar seu governo, começaria novamente pelo combate à fome. Lula afirmou ainda que não tem nada mais feio do que a fome. “Quando a gente começa a comer, ficamos mais bonitos, e deixamos o rosto chupado.” Ele disse que o programa é alvo de preconceitos.

De acordo com ex-mandatário, o Bolsa Família, associado a um conjunto de políticas sociais, provou que era possível, sim, acabar com a fome no País. Ele declarou que aqueles que criticam a iniciativa nunca passaram fome.

O petista fez uma junção das críticas ao programa nestes dez anos. Segundo Lula, foi escrito em jornais que o Bolsa Família forma mendigos, e críticos chamavam-no de “tragédia social”, “bolsa ilusão” e diziam que era fácil de entrar, muito difícil de sair. “Certas reações levam a crer que é mais difícil vencer o preconceito do que vencer a fome. E um dos preconceitos mais cruéis enfrentados pelo programa é que ele iria incentivar a vagabundagem.”

Para Lula, estes tipos de acusações são típicos da visão preconceituosa de pessoas que se acham que só se é pobre por indolência. Ainda de acordo com o ex-presidente, o Bolsa Família tem tornado os pobres mais conscientes de que não precisam de favores políticos.

A presidente Dilma Rousseff disse que o plano é a porta de saída da miséria. Segundo a dirigente do País, todos sabem que a ação nunca veio para ser o fim do caminho, mas uma ponte.

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Mário César Ribeiro, determinou ontem a retomada das obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, que foram paralisadas por decisão do desembargador Antônio Souza Prudente na segunda-feira (28). O líder atendeu ao pedido da Advocacia-Geral da União.

Na decisão que bloqueou a empreitada, o desembargador considerou procedente uma ação do Ministério Público Federal, ajuizada em 2011, que questionava a emissão de licença parcial para os canteiros, contrária a pareceres técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Segundo o ministério, a licença foi concedida sem que as condicionantes da fase anterior, da liberação prévia, fossem cumpridas.

Ao atender ao pedido de liberação feito pela Advocacia-Geral, o presidente entendeu que a decisão do ex-dirigente do Tribunal, Olindo Menezes, que aprovou as obras em 2011, deve ser mantida. Em nota divulgada ontem, a Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina, informou que as obras não foram interrompidas, pois estavam respaldadas pela decisão do presidente do Tribunal.

A obrigatoriedade de os hospitais e maternidades fazerem o teste da linguinha para conferir se a criança tem a chamada língua presa depende agora da decisão de senadores. Deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovaram a proposta de lei que torna o procedimento obrigatório.

O teste avalia o frênulo ou membrana da língua de bebês e recém-nascidos para verificar se existe qualquer problema, como um encurtamento, que possa dificultar a amamentação ou, posteriormente, a fala.

O autor da proposta, deputado Onofre Santo Agostini (PSD), explicou que o diagnóstico destas alterações pode evitar consequências mais graves no desenvolvimento das pequenos. Agostini disse que o comprometimento da movimentação da língua e das funções orais afetam a deglutição e podem prejudicar, depois, a mastigação e a fala.

A petroleira OGX, controlada por Eike Batista, entrou ontem com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. De acordo com o Tribunal, o juiz Gilberto Clóvis Farias Matos, da 4ª Vara Empresarial, será o responsável pelo processo.

Com o pedido, as ações da empresa deixaram de ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. A petroleira agora tem 60 dias para apresentar uma proposta de recuperação ao juiz, caso contrário será decretada a falência. Por meio da recuperação, uma empresa sem caixa para pagar as dívidas negocia um plano de reestruturação com os credores sob a supervisão de um magistrado.

Assim que a OGX entregar o plano, os credores têm 180 dias, a partir da publicação do despacho do julgador, para aprovar a ideia em assembleia. Se algum dos credores contestar, a falência é decretada. Se o acordo for aceito, o plano terá de ser implementado à risca.

As ações do Grupo Clarín despencavam ontem nas bolsas de Buenos Aires e Londres, um dia após a sentença da Corte Suprema de Justiça da Argentina que declarou a Lei de Mídia constitucional.

A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos invadiu os principais links de comunicação que ligam os centros de dados de Yahoo e Google em todo o mundo, noticiou ontem o jornal “The Washington Post”.

Um acidente rodoviário causou a morte de 45 pessoas ontem em Hyderabad, no sul da Índia. Um ônibus lotado tentava ultrapassar outro veículo quando bateu em uma barreira na estrada e pegou fogo.

A secretária de Saúde do governo Barack Obama, Kathleen Sebelius, pediu desculpas ontem pelos problemas enfrentados pela população ao acessar o site federal para a aquisição de seguro-saúde.

Um homem detonou os explosivos que levava junto ao corpo em frente a um hotel à beira-mar na cidade de Sousse, Tunísia, no que parece ter sido o primeiro ataque suicida no País.

O exército da República Democrática do Congo capturou ontem um dos últimos redutos da milícia rebelde M23 em um momento no qual o número de refugiados na vizinha Uganda ultrapassa os 10 mil.

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, visitou o Kuwait e deve se encontrar com líderes dos Emirados Árabes Unidos nesta semana. Os países apoiaram o golpe militar no Cairo e ofereceram US$ 14 milhões em ajuda.

As autoridades do Egito detiveram ontem o líder da Irmandade Muçulmana, Essam Al Erian, chefe do Partido da Liberdade e da Justiça. Ele foi detido em seu apartamento, no distrito de Novo Cairo, onde estava escondido.

Fonte: Diário de Sorocaba