Rio de Janeiro. Um suspeito de participar do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos em uma comunidade da Zona Oeste do Rio já foi identificado e terá a prisão pedida, segundo a Polícia Civil informou ontem. Outros dois suspeitos de terem divulgado as imagens da adolescente desacordada após o abuso também já foram identificados.
A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio investiga o caso e disse que a vítima já foi ouvida e que as investigações estão em andamento. O Ministério Público também está acompanhando e já recebeu 800 denúncias, pela ouvidoria.
Na manhã de ontem, a garota foi levada para o setor de ginecologia do Hospital Maternidade Maria Amélia, onde recebeu um coquetel de medicamentos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis. Ao deixar a unidade, ainda muito abalada, ela disse que foi dormir na casa do namorado, na última sexta-feira, e só acordou no domingo.
“Quando acordei tinha 33 caras em cima de mim”, disse a menina, que tentou diversas vezes fugir do hospital. “Só quero ir para casa”, afirmou.
Aos choros, o pai da menina, que pediu para não ser identificado, disse que o estupro ocorreu na última sexta-feira, no Morro São João, em Praça Seca.
“Ela foi num baile, prenderam ela lá e fizeram essa covardia. Bagunçaram minha filha. Quase mataram ela. Estava gemendo de dor. Ficou tão traumatizada que só conseguia chorar”, relatou.
Revolta
A avó da vítima, em entrevista à rádio CBN, disse que ela teria sofrido um apagão durante os abusos. “O vídeo é chocante, eu assisti. Ela está completamente desligada. Ela tem umas coleguinhas lá, mas nessa hora nenhuma apareceu”, contou.
Eles, inclusive, postaram diversos comentários a respeito, todos eles irônicos. As imagens do estupro coletivo causaram revolta nos internautas. A hashtag #Estupro chegou a entrar nos trending topics do País.
O homem que postou na internet o vídeo teve a conta excluída do Twitter. Nas imagens, a menina, que aparentemente está dopada, tem suas partes íntimas exibidas. O rosto de um dos agressores também aparece.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), está acompanhando o caso. “A comissão vai acompanhar o caso para garantir todo o atendimento à menina. Ontem (quarta-feira), a acompanhamos para fazer o exame de corpo de delito. Tentamos falar com ela, mas está muito abalada e sem condições de falar. Vamos garantir que ela tenha acompanhamento psicológico”, disse o deputado.
Em nota, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CDDH) informou que exige rapidez e rigor na apuração e identificação dos envolvidos no crime. “Trata-se de um ato de barbárie e covardia”.
Dilma lamenta
No Facebook, a presidente afastada Dilma Rousseff prestou solidariedade à jovem e classificou o caso como uma “barbárie”. “É inaceitável que crimes como esse continuem a acontecer. Repito, devemos identificar e punir os responsáveis”, disse a petista na rede social.
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
- Fortaleza empata com Fluminense em jogo movimentado no Maracanã pela 34ª rodada do brasileirão - 23 de novembro de 2024
- Prefeitura de Caucaia e governo do Ceará iniciam distribuição do vale-gás na próxima segunda (25) - 22 de novembro de 2024
- Cantor Argentino Heleno, ícone dos anos 70 e 80 no Brasil, falece aos 83 anos - 22 de novembro de 2024