Eleições 2024

Ibope mostra Dilma na dianteira com o dobro de pontos à frente de Aécio

A pesquisa Ibope sobre a corrida eleitoral para outubro deste ano, que seria divulgada na noite desta quinta-feira, vazou para um colunista, que publicou em primeira mão os números que colocam a presidenta Dilma Rousseff como franca favorita junto aos eleitores. Os dados foram divulgados pela coluna Radar, na revista semanal de ultradireita Veja, e apontam vitória de Dilma, com larga vantagem ainda no primeiro turno. A pesquisa que o Ibope divulga, no entanto, mostra que Dilma, Aécio Neves e Eduardo Campos sobem em relação à última pesquisa Ibope, do dia 29 de abril.

No estudo passado, Dilma aparecia com 37%, Aécio com 14% e Campos com 6%. Agora, Dilma aparece na faixa dos 40%, Aécio no patamar de 20% e Eduardo Campos sobe aos dois dígitos, em torno dos 11%. Em comparação com o Datafolha de duas semanas atrás, aconteceram poucas mudanças. Aécio e Campos, quando se coteja as duas pesquisas, estão do mesmo tamanho. E Dilma teria crescido um pouco, fruto do momento em que as entrevistas foram feitas – imediatamente após os programas de TV do PT e no auge da supreexposição de uma campanha publicitária em que o governo exibia suas obras.

De agora até o fim da Copa, é mais do que improvável que estes números mudem – exceto, claro, se acontecer algo muito significativo durante o evento. Ou seja, é com esses números que os três principais candidatos começarão a disputa em agosto, quando sobe a temperatura de campanha. Com os números já tornados públicos, o dia será de intensa movimentação no mercado financeiro. Ao contrário do Sensus e do Datafolha, o Ibope não chancela a possibilidade de segundo turno. A julgar pelas movimentações anteriores, que provocaram altas das ações quando a presidente caiu, a tendência, nesta quinta-feira, seria de baixa na BM&FBovespa.

Após a divulgação na coluna Radar, o 247 entrou em contato com o Ibope, de Carlos Augusto Montenegro, que informou que antecipará a divulgação da pesquisa para o meio-dia. Se não o fizesse, daria margem à interpretação de que permitiu que a pesquisa fosse usada por especuladores.

A pesquisa foi divulgada em outros meios conservadores de comunicação. Foram ouvidos 2002 eleitores e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Correio do Brasil

Zeudir Queiroz