A Receita Federal anunciou nesta quarta-feira (15/1) a revogação da regra de fiscalização do Pix, que havia causado polêmica devido a desinformações alegando que o governo pretendia taxar as transações financeiras realizadas pelo sistema. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que uma Medida Provisória (MP) será editada e enviada ao Congresso Nacional para regulamentar o tema.
Decisão e Declarações
Em coletiva no Palácio do Planalto, o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, destacou dois principais motivos para a revogação da medida:
- Combate à desinformação: A regra virou alvo de fake news usadas por grupos para ganho político e para prejudicar a população mais vulnerável.
- Preservação do debate: A revogação busca evitar que o tema continue sendo distorcido, atrapalhando discussões sérias no Congresso.
“O dano causado por essas notícias falsas é continuado. Para mitigar isso e garantir um debate transparente, decidimos revogar o ato”, disse Barreirinhas.
Nova MP em Discussão
A nova Medida Provisória, segundo o ministro Fernando Haddad, abordará os seguintes pontos:
- Proibição de cobranças diferenciadas: Garantia de que transações via Pix não poderão ser mais caras que pagamentos em dinheiro.
- Sigilo bancário: Preservação do sigilo e da privacidade nas transações financeiras.
- Gratuidade do Pix: Manutenção da gratuidade para os usuários.
A MP será submetida ao Congresso, onde passará por discussões antes de ser convertida em lei.
Fake News e Investigação
A decisão inicial da Receita previa que transações acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas fossem comunicadas ao órgão. No entanto, informações falsas se espalharam, afirmando que o governo planejava taxar as transações via Pix, gerando críticas nas redes sociais.
O governo anunciou que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Polícia Federal (PF) investigarão a origem das fake news e responsabilizarão os autores pela disseminação de informações enganosas.
Impacto nas Redes e Reações
A medida de fiscalização foi alvo de oposição de internautas, políticos, comerciantes e entidades do setor. A revogação e a proposta de MP visam dissipar dúvidas e criar um ambiente mais seguro e transparente para o uso do Pix, que se tornou essencial no dia a dia dos brasileiros.
Com a revogação, o governo busca equilibrar o debate, reforçando o compromisso com a transparência e o sigilo das transações financeiras.
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Com informações do Correio Brasiliense
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