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Governo estuda restringir uso de celulares nas escolas para melhorar rendimento

Imagem de divulgação da Web

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que está em discussão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma proposta para restringir o uso de aparelhos eletrônicos, como celulares, durante o horário de aula nas escolas de todo o país. A medida tem como objetivo reduzir as distrações dos alunos, visando melhorar o foco no aprendizado e aumentar o rendimento escolar.

Embora não exista uma lei federal que proíba o uso de celulares em escolas, muitos estados e municípios já possuem normas próprias para regulamentar essa questão. O estado do Ceará, por exemplo, já conta com uma lei estadual, sancionada em 2008, que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos semelhantes durante as aulas. Essa lei inclui a proibição de aparelhos como walkman, discman, MP3 players, iPods, e até pagers, conforme descrito no trecho: “Ficam os alunos proibidos de utilizar telefone celular, walkman, discman, MP3 player, MP4 player, iPod, bip, pager e outros aparelhos similares, nos estabelecimentos de ensino do Estado do Ceará, durante o horário das aulas”.

Apesar disso, a aplicação da lei varia entre as instituições, com algumas permitindo o uso de eletrônicos em situações específicas, como atividades pedagógicas ou emergências. A nova proposta discutida pelo governo federal busca criar uma regulamentação uniforme, que ajude a manter o foco nas atividades escolares, promovendo um ambiente mais propício ao aprendizado.

O anúncio oficial da medida está previsto para outubro deste ano, e a expectativa é que a restrição ao uso de eletrônicos nas escolas possa impactar positivamente o desempenho acadêmico dos estudantes em todo o Brasil. A medida também visa promover um ambiente mais disciplinado e focado, auxiliando no combate à dispersão causada pelos dispositivos digitais.

Pesquisas têm mostrado que o uso constante de celulares e outras tecnologias em sala de aula pode prejudicar a atenção e o desempenho escolar. Especialistas defendem que, ao restringir o uso desses aparelhos, será possível melhorar a interação entre alunos e professores, além de promover mais engajamento nas atividades educacionais.

A proposta, caso seja aprovada, deverá ser implementada em parceria com estados e municípios, considerando as especificidades de cada rede de ensino. O governo também pretende abrir um diálogo com a comunidade escolar e especialistas em educação, para avaliar como a medida pode ser aplicada de forma eficaz e equilibrada, garantindo o melhor impacto possível na qualidade do ensino.

Zeudir Queiroz