O governo federal classificou como “inaceitável” o tratamento dispensado aos brasileiros deportados dos Estados Unidos, que desembarcaram em Manaus (AM) algemados nas mãos e nos pés. Em nota oficial divulgada neste domingo (26), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) destacou que a prática viola os termos do acordo bilateral firmado entre os dois países, que exige tratamento digno, respeitoso e humano aos repatriados.
Condições degradantes durante o voo
O Itamaraty relatou que, além do uso de algemas e correntes, os deportados enfrentaram uma série de problemas durante o voo, como o mau funcionamento do sistema de ar-condicionado na aeronave, gerando revolta entre os 88 brasileiros a bordo. Em razão dessas condições, o Brasil acionou suas autoridades em Manaus e Brasília para reunir detalhes sobre o tratamento degradante recebido pelos cidadãos.
A aeronave do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA (ICE) pousou no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG), na noite de sábado (25), transportando 84 brasileiros deportados.
Medidas do governo brasileiro
O governo brasileiro informou que solicitará esclarecimentos ao governo norte-americano e continuará monitorando as políticas migratórias recentemente intensificadas nos EUA. O MRE reforçou seu compromisso em garantir que tratamentos desumanos não se repitam em futuras repatriações.
A nota também condena práticas que ferem a dignidade humana, especialmente em voos de repatriação, e reafirma a necessidade de respeito mútuo entre os países nas questões migratórias.
Contexto e repercussão
A intensificação das deportações tem gerado críticas tanto no Brasil quanto em organizações internacionais de direitos humanos, especialmente em razão das políticas restritivas adotadas durante o governo de Donald Trump, que ainda têm efeitos práticos. O incidente reacende o debate sobre o respeito aos direitos básicos de migrantes e deportados.
O Brasil espera que a diplomacia resolva o impasse e garanta um tratamento mais digno para os seus cidadãos no exterior.
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Com informações do Correio Brasiliense
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