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Garibaldi Alves e Joaquim Barbosa também voaram com verbas públicas para ir ao Maracanã

Depois de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e de Renan Calheiros (PMDB-AL), descobriu-se que o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves (PMDB-RN) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, também voaram às custas de verbas públicas para ver jogos do Brasil no Maracanã.

Segundo informações publicadas na edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo, Garibaldi saiu de Brasília na sexta-feira, 28, às 6h, com destino a Fortaleza, onde cumpriu agenda oficial em Morada Nova. O compromisso terminou ainda pela manhã, mas o ministro não retornou a Brasília. Ele pediu que o avião o deixasse no Rio de Janeiro, para passar o fim de semana e assistir ao jogo entre Brasil x Espanha.

“Me senti no direito de o avião me deixar onde eu quisesse ficar”, afirmou o ministro. “Já fiz isso outras vezes, porque na volta fico sempre no destino que eu me programei. Pedi com antecedência, senão ministro entra na fila”, afirmou Garibaldi. Segundo a reportagem, o ministro confirmou ainda que deu carona ao empresário Glauber Gentil.

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A lei diz que os jatos oficiais podem ser requisitados quando houver “motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente”.

Joaquim Barbosa
Já o presidente do STF usou recursos da Corte para ir de Brasília ao Rio de Janeiro assistir ao amistoso entre Brasil e Inglaterra, no dia 2 de junho. Segundo o STF, as viagens de ida e volta, feitas em aviões não oficiais, foram pagas com a cota a que os ministros têm direito. O órgão confirmou que Barbosa não tinha agenda oficial no Rio naquele dia. Porém, a Corte não informou o valor pago nem o regulamento sobre o uso da cota. As informações são do jornal Zero Hora.

Barbosa, que tem residência no Rio, acompanhou o jogo ao lado do filho no camarote do casal de apresentadores da TV Globo, Luciano Huck e Angélica. Segundo o STF, apenas o ministro viajou com as despesas pagas pelo STF.

Outros casos

Os casos de Garibaldi e Barbosa dão sequência a outros do tipo, que vieram à tona esta semana. Primeiro foi o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Ele também foi à final em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB), levando parentes e amigos. Com a repercussão negativa, o deputado se comprometeu a ressarcir os cofres públicos.

No dia seguinte, soube-se que o presidente do Senado, Renan Calheiros, também usou avião da FAB para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), na Bahia. Ao contrário de Alves, porém, Renan disse que não vai ressarcir os cofres públicos, pois, segundo ele, esteve no evento como presidente do Senado.

Com informações da Folha de S. Paulo,do Zero Hora e O Povo

Zeudir Queiroz