Rafael estava com a mulher em um moto-táxi voltando do Paraguai.
Casal tinha uma espingarda, arma de choque e munição.
O ex-cantor do grupo Polegar Rafael Ilha foi preso na tarde desta segunda-feira (21), na aduana da Receita Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Rafael e a mulher foram presos com uma espingarda 12 milímetros, munição e uma arma de choque quando voltavam do Paraguai.
Rafael e a mulher tentaram passar pela fiscalização da Receita Federal em duas moto-táxi. De acordo com a Receita, os agentes pararam a moto em que Rafael estava. A mulher dele, que vinha logo atrás, tentou dar meia-volta e seguir para o Paraguai de novo, mas foi impedida.
Ao revistar o casal, os agentes da Receita encontraram a espingarda e a munição enrolados em um cobertor que estava com a mulher de Rafael. A arma estava desmontada. Com Rafael, foi encontrada a arma de choque.
De acordo com a Receita Federal, o casal pode pegar de quatro a oito anos de prisão por tráfico internacional de armas. Eles foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal, para que fosse registrado o flagrante.
O G1 está tentando localizar a assessoria de Rafael Ilha, mas ninguém foi encontrado para explicar a situação.
Sucesso e confusões
O Grupo Polegar estourou em 1989, com a música “Dá Para Mim”, e chegou a vender um milhão de discos. Rafael Ilha deixou o grupo em 1991. Depois disso, o ex-vocalista acumulou passagens pela polícia. Ele foi preso pela primeira vez em setembro de 1998, quando tentava assaltar pessoas em um cruzamento para comprar drogas. À época, ele roubou um vale-transporte e uma nota de R$ 1 de uma balconista na Zona Sul de São Paulo.
pela polícia (Foto: Wanderlei Celestino/Futura Press )
No ano seguinte, ele foi detido por dirigir uma moto na contramão. Depois, foram duas outras prisões por porte de cocaína. Em 2000, o ex-integrante do grupo Polegar passou mal depois de engolir uma caneta, três isqueiros e uma pilha, durante uma crise de abstinência. Meses depois, ele ingeriu outras duas pilhas e precisou ser submetido a uma cirurgia, em um hospital de São Paulo, para a retirada dos objetos.
Em 2005, foi detido em Itapecerica da Serra, em frente à clínica dele, com uma arma calibre 380, com numeração raspada. Ele acabou autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Em setembro de 2007, o ex-Polegar voltou à delegacia, mas como vítima. Rafael se dirigiu à residência de um jovem de 30 anos com intuito de convencê-lo a se internar. De acordo com a polícia, quando o homem percebeu a chegada do ex-vocalista, acabou fugindo em seu carro. Rafael passou a persegui-lo e, após um tempo, o jovem parou o carro e teria agredido o ex-cantor.
Em julho de 2008, Rafael Ilha passou 17 dias na prisão, acusado de tentativa de sequestro, formação de quadrilha e usurpação de função pública. Ele teria tentado, junto com outras duas pessoas, colocar à força em um carro a esteticista Karina Costa, de 28 anos. Ele informou à polícia que o ex-marido dela tinha entrado em contato e pedido para que a mulher fosse internada na clínica de reabilitação contra dependentes químicos do ex-Polegar. A esteticista negou ser usuária de drogas.
Em 2009, o ex-cantor foi encontrado dentro de um elevador de um condomínio todo ensanguentado. Os policiais que atenderam a ocorrência relataram na delegacia que ele dizia a frase “eu vou me matar”. Rafael ficou internado quatro dias. De acordo com o psiquiatra Aloísio Priuli, Ilha foi diagnosticado com transtorno bipolar.
Já em 2013, o ex-vocalista sofreu um acidente de moto na Ponte Octavio Frias de Oliveira, a ponte estaiada, na Zona Sul de São Paulo. Segundo a polícia, Rafael bateu com a motocicleta na mureta, depois de ser fechado por um carro. A moto pegou fogo e ficou totalmente destruída, mas o ex-Polegar conseguiu saltar do veículo e sofreu algumas escoriações.
Fonte: G1
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