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Concurso Dataprev é suspenso e candidatos pedem cancelamento

Robson Cavalcante
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Candidata registrou como o malote chegou, em saco de lixo (Foto: Lidiane Rios/Arquivo Pessoal)

Em Porto Velho, a prova do concurso da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), que deveria ser aplicada neste domingo (14), foi suspensa. Segundo candidatos, oito malotes contendo provas não chegaram à Escola Estadual Marechal Castelo Branco, único local de prova em todo o Estado de Rondônia. Além disso, eles alegam que fiscais não tinham identificação e que sacos para celulares não foram exigidos. “Apenas pediram para desligar e guardar na bolsa”, disse uma candidata que não quis se identificar.

Ao G1, a direção da Escola Estadual Marechal Castelo Branco disse que “por hora, o concurso está suspenso e uma nova data deverá ser informada por e-mail”, e também informou que a pessoa instituída pelo Instituto Quadrix (organizadora do certame) como sua representante legal não poderia dar qualquer declaração.

Sem explicações, os candidatos iniciaram um princípio de tumulto no pátio da escola. A Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos, e orientou que os candidatos registrassem boletim de ocorrência na Polícia Federal, para depois acionar o Ministério Público Federal.

O estudante Bruno Vargas, que tenta uma vaga de Nível Médio para o cargo de técnico de segurança, diz que não chegou a ver as provas. “Eu estava na sala 105, e lá não chegou nenhum envelope contento provas”, lamenta o jovem. De acordo com Silmara Alves, que também é estudante, na sala dela, a 102, as provas chegaram “em um saco de lixo violado”.

“Eles não nos deram satisfação alguma, apenas disseram que foi suspenso e pronto. As pessoas que se apresentaram como fiscais não usavam qualquer crachá de identificação e alguns chegaram a intimidar e constranger candidatos”, disse, inconformado, o candidato à uma vaga de administrador de pessoal e benefícios e carreira e remuneração, Sérgio Costa, de 51 anos.

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Inconformados, candidatos cobravam uma explicação, mas responsável do Instituto Quadrix se recusou a falar. Eles se fizeram um abaixo assinado para anexar ao boletim de ocorrência a ser registrado na Polícia Federal (Foto: Suzi Rocha/G1)

Já a pedagoga Suzana Costa, candidata de Nível Superior para uma vaga de analista de negócios, se diz frustrada. “É frustrante. A coordenadora instituída pelo Instituto Quadrix se contradiz. Primeiro falou que as provas foram impressas em uma gráfica de Porto Velho, e que já estariam a caminho da escola. Depois colocou a culpa pelo atraso no avião e nos Correios que traria as provas até aqui e se trancou numa sala”, disse a candidata.

O G1 tentou obter uma explicação junto ao Instituto Quadrix, sede de São Paulo, e uma funcionária afirmou que não tinha até o momento qualquer informação referente ao caso, e que a diretoria estava em reunião em outra sede, impedindo que organizadora desse qualquer esclarecimento no momento.

Candidatos disseram que funcionários da escola chegaram a desligar a energia elétrica do prédio para que todos deixassem o local. Segundo eles, uma lista de assinaturas foi recolhida para ser anexada ao boletim de ocorrência a ser registrado na Polícia Federal, ainda neste domingo.

Redação:  G1.