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Comandante diz que PM morta denunciou policiais envolvidos em roubo

A versão de que de que o menino Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, matou os pais, a avó, uma tia-avó e, em seguida, cometeu suicídio, foi contestada pelo comandante do 18º Batalhão da PM, coronel Wagner Dimas, nesta quarta-feira, 7. Responsável pelo batalhão onde trabalhava a mãe do menino, a cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini, Dimas disse que ela havia denunciado policiais que estariam envolvidos em um esquema de roubos a caixas eletrônicos. O coronel disse ainda que apenas um grupo restrito envolvido nas investigações tinha conhecimento da acusação.

“Ela (Andréia) não falou que era esse ou aquele, mas fez a denúncia. A partir daí houve investigação. Houve transferências, tiramos alguns (policiais) do quadro do batalhão. Também adotamos como providência mudança de rotina e recolhemos (alguns policiais) para a parte administrativa”, contou Dimas.

Em entrevista à rádio Bandeirantes, o coronel explicou que ainda aguarda o resultado final da investigação, mas que “talvez não seja aquilo ali (a versão da polícia de que o garoto foi o autor das mortes)”. O delegado responsável pela investigação disse que a suspeita foi investigada, porém, nada foi comprovado.

Entretanto, em nova perícia, mais três armas apreendidas reforçam as suspeitas de que não houve latrocínio (roubo seguido de morte). Foram apreendidas ainda uma pistola .40 (de onde partiram os tiros que mataram toda a família e que pertencia à mãe de Marcelo), achada debaixo do corpo do adolescente; uma pistola calibre 32, junto de uma faca dentro da mochila do jovem. No total, foram recolhidas cinco armas. A polícia já ouviu entre 10 e 12 pessoas na investigação, entre familiares, amigos e professores do adolescente. Informações extra-oficiais apontam que o menino teria matado primeiro os pais, e depois a avó e a tia avó antes de ir para a escola. As informações são do Jornal O Globo.

Fonte: O Povo

Zeudir Queiroz