O ex-deputado Ciro Gomes, que deixou as hostes do PSB para se aliar ao recém-fundado Partido Repúblicano da Ordem Social (PROS), será o novo comandante na pasta da Saúde. Embora o Partido dos Trabalhadores (PT) houvesse se manifestado no sentido de manter o ministério, hoje com o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) à frente, Ciro Gomes teria sido lembrado pela presidenta Dilma por seu apoio na nova legenda. Padilha sai para disputar o governo de São Paulo e pretendia deixar o posto ao secretário-executivo Mozart Sales. Ciro, no entanto, teria sido melhor cotado por sua experiência no embate político com a oposição, em um ano de eleições.
Ciro, antes de assumir o posto de secretário estadual de Saúde do Ceará, em setembro, integrava o grupo dos críticos do principal programa do Ministério, oMais Médicos, mas desde então, sua posição mudou.
– No que pese o Mais Médicos ter sido mal anunciado e mal empacotado, hoje está em curso. Agora eu acho um excelente programa e necessário para socorrer a todos os brasileiros – afirmou a jornalista.
O ex-ministro, que enfrentou uma grave crise de médicos quando era governador do Ceará – chegando a declarar que “médico era igual a sal: branco, barato e tinha em todo lugar”, chegou até a se desculpar pelo boicote do Ceará à contratação de médicos cubanos.
– Desde já peço desculpas pelo povo cearense ao que meia dúzia da elite fez com eles (os cubanos), vaiando e hostilizando – disse.
Representantes do Sindicato dos Médicos receberam os estrangeiros no desembarque com gritos de “escravos” e “voltem para a senzala”.
Fonte: Correio do Brasil
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