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Ciclistas sem roupa fazem ‘Bicicletada Pelada’ em protesto no Centro do Rio

“Atentado ao pudor é um corpo estirado no chão”. Foi sob essa premissa que cerca de 50 ciclistas decidiram tirar a roupa e pedalar pelas ruas do Rio na noite desta sexta-feira (24). O objetivo do ato foi chamar a atenção da sociedade para os riscos que quem utiliza a bicicleta como meio de transporte está exposto.

A concentração aconteceu na Cinelândia, no Centro do Rio. A proposta era de os ciclistas ficarem nus e se valerem de pintura corporal. No início, ninguém foi tão ousado a ponto de tirar completamente a roupa na praça. “Tem gente que veio aqui só pra ver a gente pelado. A ideia do nu é outra. Queremos é mostrar como a carne humana é frágil. Os ciclistas dividem espaço com máquinas pesadas. Precisamos ser vistos”, disse Tatiana Carvalho, 37 anos. Ela adiantou que o grupo iria se despir durante o trajeto.

Alguns ciclistas realmente cumpriram o prometido e retornaram á Cinelândia completamente nus, antes de seguir pelas ruas do Centro.  O destino final foi a Praça São Salvador, em Laranjeiras, Zona Sul. A roupa de banho foi o principal traje. Algumas meninas usaram uma fita adesiva escrito “Cuidado, frágil”, para cobrir os seios. Houve até quem usou um cordão com luzes de Natal para chamar a atenção.

“A gente não tem airbag, cinto de segurança nem uma tonelada de ferro em volta da gente para nos proteger. Queremos é chamar a atenção para a fragilidade do ciclista no trânsito”, disse Rômulo Xavier, 31 anos.

Mulheres mantiveram peças de roupa enquanto homens aderiram totalmente à nudez (Foto: Daniel Silveira / G1)Maioria das mulheres mantiveram peças de roupa enquanto homens aderiram totalmente à nudez (Foto: Daniel Silveira / G1)
Cerca de 50 ciclistas aderiram à bicicletada pedalada no Rio (Foto: Daniel Silveira / G1)Cerca de 50 ciclistas aderiram à bicicletada pedalada no Rio (Foto: Daniel Silveira / G1)

Pedalada pelada
Pela primeira vez no Rio, o evento foi inspirado no World Naked Bike Ride, (passeio nu de bicicleta pelo mundo) que teve origem há duas décadas em São Francisco, nos Estados Unidos, e já aconteceu em várias cidades do mundo.

Fonte: G1

Zeudir Queiroz