O Ceará enviou um ofício em caráter de urgência à Diretoria de Competições da CBF, para solicitar que a final da Copa do Nordeste contra o Sport seja adiada e o local da realização da partida também seja alterado. A partida está marcada para acontecer nesta quarta-feira (3), às 21h. Para justificar o pedido, o departamento jurídico do Alvinegro se baseou em uma suposta superlotação da Ilha do Retiro.
“Ao tomar conhecimento do fato e buscando minimizar a possibilidade de problemas para os torcedores que estarão presentes no confronto, o Ceará Sporting Club protocolou ofício junto à Confederação Brasileira de Futebol solicitando o adiamento da partida ou a mudança para um local que reúna as condições mínimas para a segurança dos envolvidos na partida”, informou o Ceará em nota oficial.
No documento enviado à CBF, o clube cita um áudio vazado, atribuído ao presidente da FPF (Federação Pernambucana de Futebol), Evandro Carvalho. Ele teria dito que houve impressão de 40 mil ingressos para a partida, número 50% além da capacidade da Ilha do Retiro, que acomoda pouco mais de 26 mil pessoas.
“Na noite desta quarta-feira, 3, o Ceará enfrenta o Sport no segundo jogo da final da Copa do Nordeste 2023. Durante o dia, declarações do presidente da Federação Pernambucana de Futebol vieram à tona e citaram uma possível sobrecarga de ingressos para a partida, enumerando, inclusive, que havia sido praticada a venda de uma carga quase que 50% maior do que a capacidade da Ilha do Retiro, palco da partida”, informou o clube Alvinegro.
Segue transcrição completa do referido áudio:
“Na verdade, a gente só conseguiu ter condições de atender hoje porque só a CBF pediu 100 ingressos, e a gente não pode deixar de atendê-la porque ela é a dona do evento. Então, seguramos os ingressos para ver os ingressos que a CBF queria, então, do que a gente tinha, tivemos que jogar para lá. Na verdade, a gente rodou ingressos, que a gente foi além da capacidade do estádio. Vai ter 40 mil pessoas no campo, apesar de só caber 26 (mil). Não tem jeito, porque a gente não consegue atender à demanda que tem. Eu expliquei à polícia que não tem o que fazer. O problema é que o Sport pega um jogo desses e, em vez de colocar na Arena, bota na Ilha, aí ‘fode todo mundo’.No Campeonato Pernambucano, a gente faz a festa, faz tudo organizado, se fosse na Arena, a gente fazia de novo, mas o Sport coloca na Ilha, aí ‘detona todo mundo’. A polícia está possessa porque ela diz que são 26 mil, mas nós vamos ter lá 40 mil. Não tem o que fazer, não temos como atender porque é gente de mais para espaço de menos”.
Fonte: https://gcmais.com.br/
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