Os bancários rejeitaram a nova proposta apresentada pela Fenaban (sindicato patronal) ontem, de reajuste salarial de 7,1%, ou seja, aproximadamente 1% de aumento real, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (confederação nacional dos bancários).
A oferta foi feita ontem à tarde aos representantes da categoria, em reunião marcada pela própria Fenaban um dia após os representantes do comércio pressionarem a federação a entrar em acordo com a categoria.
Segundo a CNDL (confederação dos lojistas), o setor pode registrar perdas de até 30% se a greve se prolongar até o quinto dia útil do mês que acontece na próxima segunda-feira.
Foi a primeira oferta desde o início da greve, no dia 19 de setembro. A paralisação completa hoje 16 dias. Após reunião das lideranças sindicais, para discutir a oferta, foi decidido pela rejeição. “Estamos rejeitando essa proposta pois ela não contempla os principais item da categoria, não só os econômicos, mas também os sociais.”, diz Cordeiro. A categoria pede 11,93% de correção (5% de aumento real).
Segundo o presidente da entidade, não houve nenhum avanço em relação à alta rotatividade no setor, “os bancos demitem quem ganha mais e contrata novos funcionários pagando menos”, diz.
Além disso, não houve proposta em relação às metas abusivas e à segurança dos funcionários. Em relação à PLR (Participação nos Lucros e Resultado), ficou mantida a fórmula praticada atualmente.
Os bancos oferecem correção dos valores fixos e de tetos em 10%, que, segundo Cordeiro, na prática não muda nada para os trabalhadores.
Cordeiro explicou que, ainda enviará à Fenaban comunicado oficial para avisar sobre a rejeição da proposta. Assim, a greve continua na segunda-feira, até que os bancos apresentem nova oferta.
Fonte: O Povo
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