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Auxílio emergencial começa a ser pago amanhã

A primeira parte do novo auxílio emergencial começa a ser paga a partir de amanhã (6) para os cearenses registrados no Cadastro Único e para os que fizeram sua inscrição no aplicativo e site do programa. Posteriormente, 16 de abril, para os beneficiários do Bolsa Família. Segundo o Ministério da Cidadania, a estimativa é de que pelo menos 45,6 milhões de famílias do país sejam contempladas com essa nova proposta.

Devido à queda nos valores, equiparado com o ano passado, onde a população recebia entre R$ 600 e R$1.200 e o aumento da inflação, principalmente dos alimentos e transportes, o novo auxílio é visto com ressalva entre os beneficiários e economistas cearenses, que esperavam um valor maior ou em mais parcelas.

Com a chegada do novo auxílio é esperado uma projeção na economia cearense, já que o benefício liberado em 2020 conseguiu conter a queda do Produto Interno Bruto (PIB) cearense, que recuou 3,56%, e a retração poderia ter sido o dobro caso não tivesse o amparo do programa emergencial.

De acordo com a vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon), Silvana Parente, o novo auxílio emergencial é insuficiente, em comparação com o disponibilizado no ano anterior, por conta do valor reduzido e do número de parcelas. “Ainda não sabemos o número de cearenses que vão ter direito” ressaltou.
Sobre o abalo no PIB estadual esse ano, Silvana acredita que será inferior, já que o primeiro auxílio emergencial, “tinha um valor mais robusto” e que essa nova rodada “terá um impacto bem menor do que foi o do ano passado”.

Alimentação
Por conta da diminuição dos valores do benefício, famílias cearenses em situação de vulnerabilidade social serão impactadas diretamente. A expectativa é de que o dinheiro não consiga contemplar totalmente os custos básicos diários, como a alimentação.
Para as pessoas que sustentam-se apenas com a renda fornecida através do auxílio, o valor é baixo, comparando com a estimativa atual da cesta básica pode não superar os gastos necessários, como o de moradia. Para Silvana Parente, “as pessoas que dependem totalmente, não vão poder sobreviver”. Segundo ela, para as famílias que ainda possuem alguma renda, a ajuda trará uma segurança alimentar.
Aprovação
Após a aprovação da PEC Emergencial, no Congresso Nacional, que estabeleceu R$44 bilhões para o pagamento do auxílio, o benefício foi dividido em quatro parcelas e tem valor médio de R$250, com exceção para mulheres chefes de família que receberão R$375 e aos indivíduos que moram sozinhos que ganharão R$150. Com a redução do teto de gastos, em comparação com a diminuição ocorrida em setembro de 2020, o Ceará contará com um menor número de beneficiados.
O critério de elegibilidade do auxílio 2021 foi aprimorado e será pago a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e receita mensal total de três salários mínimos, também sendo limitado a uma pessoa por casa.

De acordo com Bolsonaro na coletiva de divulgação da nova rodada do auxílio na última quarta-feira (31), o ‘auxílio emergencial é um alento’ e que o governo não poderá continuar por muito tempo porque, segundo ele, pode “desequilibrar a economia”. O presidente continuou dizendo que o benefício “é mais um endividamento da União, não era dinheiro que estava no cofre”.

Fonte: https://www.oestadoce.com.br/

Zeudir Queiroz