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Após CPI com padre Júlio, internet pede investigação de igrejas evangélicas

O assunto está entre os mais comentados nas redes sociais nesta quarta-feira (10/2). Nas postagens, internautas defendem investigação sobre arrecadação de dízimo e candidatura de pastores

Os usuários do X (antigo Twitter) argumentam que as igrejas evangélicas recolhem milhões de reais em dízimo e, mesmo assim, são livres de impostos – (crédito: Pixabay/Reprodução)

Em meio à polêmica envolvendo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Vereadores de São Paulo, que mira o padre Júlio Lancellotti, internautas começaram uma campanha a favor da abertura de uma investigação contra as igrejas evangélicas. Nas redes sociais, nesta quarta-feira (10/1), o assunto “CPI das Igrejas Evangélicas Já” é um dos mais comentados do momento.

Os usuários do X (antigo Twitter) argumentam que as igrejas evangélicas recolhem milhões de reais em dízimo e, mesmo assim, são livres de impostos. Algumas instituições religiosas pedem contribuição aos fiéis como requisito para a permanência na denominação e não existe um controle fiscal rígido em relação à destinação dos montantes arrecadados.

“Algumas igrejas chegam a movimentar milhões de reais. Seus fiéis, mesmo diante de dificuldades financeiras, chegam a doar todos os seus bens, carros, casas, enquanto os líderes dessas igrejas vivem do bem e do melhor, viajam para Dubai, vivem em mansões”, argumentou o professor e político Thiago Bagatin, em vídeo que circula nas redes sociais.

As críticas miram, principalmente, o pastor Silas Malafaia. Fotografia do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo em viagem a Dubai, nos Emirados Árabes, e detalhes sobre a mansão em que o religioso vive estão sendo compartilhadas junto ao pedido de instauração da CPI. Um suposto vídeo de malas com dinheiro sendo colocadas em um helicóptero, após o fim de um culto na igreja Universal, também circula, como apontamento de falta de transparência sobre as arrecadações das instituições religiosas.

“O segundo motivo é o uso político dessas igrejas. A isenção de impostos não pode servir de trampolim político para ninguém, para nenhum líder religioso. Além disso, muitos fiéis buscam na igreja um alento espiritual, não é justo que líderes religiosos se aproveitem desse sofrimento para ter algum tipo de ganho político, para manipular politicamente a fé alheia”, pontuou Bagatin.

Os internautas ainda apontam a ligação de instituições religiosas com esquemas de corrupção e o uso de igrejas para lavagem de dinheiro. “Já passou da hora de termos uma CPI das igrejas evangélicas. Vamos lembrar que a do MEC, apesar de ter sido protocolada, não saiu uma CPI, que era para apurar as propinas em ouro e construção de igreja com dinheiro público, geridas por Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos pastores”, destacou Henrique Palmiery, usuário do X.

Parlamentares ainda não se pronunciaram sobre a possibilidade de criar uma CPI para investigar as igrejas evangélicas. O Correio entrou em contato com o deputado Eli Borges (PL-TO), líder da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Fonte: www.correiobraziliense.com.br/

Zeudir Queiroz