A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou, nesta terça-feira (20), a suspensão, por três meses, da venda de planos de saúde de 10 operadoras que atuam no Ceará. A punição ocorre, a partir da próxima sexta-feira (23), por descumprimento de prazos e negativa de cobertura. Entre as suspensas mais utilizadas no Ceará, estão a Amil, que conta atualmente com 46.869 beneficiários; a GEAP, com 22.195 e a Sul América, com 247.
Resultado é referente ao período entre 19 de março e 18 de junho de 2013, conforme divulgou a ANS Foto: Rodrigo Carvalho (21/05/2011)
Também foi suspensa a venda de planos por parte das operadoras Centro Trasmontano de São Paulo, Amico, Fundação Saúde Itaú, Prevent Senior Private, Promédica, Unimed Sergipe e Viva. Atualmente, o Ceará conta com 1, 86 milhão de beneficiários de planos de saúde.
Em todo o País, 212 planos de saúde de 21 operadoras tiveram as vendas suspensas. O resultado é referente ao período entre 19 de março e 18 de junho de 2013. Com o anúncio, um total de 246 planos de saúde de 26 operadores estão suspensos.
Esse é o 6º ciclo de monitoramento dos planos promovido pelo governo. E é a primeira rodada de suspensões sob uma nova metodologia –até então, eram considerados apenas atrasos nos prazos máximos de marcação de consultas e procedimentos. De março a junho de 2013, foram recebidas 17.417 reclamações sobre a garantia de atendimento.
Reincidências nos problemas
O governo suspende operadoras que reincidem nos problemas em dois ciclos de três meses consecutivos. Dos 246 planos suspensos, 34 já estavam suspensos no ciclo anterior e das 26 operadoras, cinco também já estavam punidas.
Apesar dos reincidentes, o governo avalia que melhoraram 125 planos de seis operadoras, que estavam suspensas e agora foram liberadas para voltarem a comercializar seus produtos no mercado.
Operadoras se posicionam quanto à decisão da ANS
A operadora Amil, em nota, explicou que estão sendo criados serviços especializados de apoio ao Teleatendimento 24h para agilizar a marcação de procedimentos médicos, adequar a rede, realizar pesquisas de satisfação e controlar os indicadores de tempo para agendamento de consultas, exames e internações.
A operadora destacou que “trabalha para atender a cada uma das regras definidas pelo órgão regulador, adequando sua operação e participando ativamente de diálogos técnicos. Defendemos, no entanto, que se estabeleçam regras objetivas, de forma a reduzir a incerteza e a insegurança quanto às metodologias e processos aplicados pela ANS“.
Já a operadora GEAP informou que está averiguando a ocorrência de eventual descumprimento de prazo que motivou a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E destacou que o atendimento aos beneficiários continua normal em todo o país.
Outra citada pela ANS, a operadora SulAmérica declarou que o fato é primeiro em 18 meses desde a edição da norma. Conforme a operadora, foram incluídos 13 produtos, que representam 1,76% do portfólio de 738 produtos da companhia.
A Sul América afirmou que está tomando providências administrativas e judiciais cabíveis visando à defesa de suas associadas e o aperfeiçoamento do marco regulatório. Entretanto, cumprirá integralmente as determinações da ANS. A operadora completou informando que a medida não afeta o atendimento aos clientes da companhia, que segue funcionando normalmente.
Fonte: Diário do Nordeste
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