Economista-chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol afirmou, neste domingo, que o Brasil será uma das futuras potências energéticas. Birol foi um dos convidados ao lançamento da edição deste ano do catálogo World Energy Outlook 2013, publicação anual da Agência Internacional de Energia (AIE) das Nações Unidas (ONU), que apresenta perspectivas analíticas sobre tendências nos mercados de energia. O Brasil foi um dos destaques da publicação.,
Van der Hoeven foi parlamentar na Holanda
O engenheiro graduado da Universidade de Istambul, na Turquia, Fatih Birol, editor do catálogoWorld Energy Outlook, é reconhecido mundialmente por suas análises estratégicas da energia no mundo. Birol também integra o Conselho de Negócios em Energia da IEA que, anualmente, promove um fórum de cooperação entre as indústrias de energia e os setores governamentais que estabelecem as políticas regionais no setor.
– Alguns países que têm sido importadores de energia por muitos anos estão virando exportadores, como os Estados Unidos, em termos de gás natural. E o Brasil, em 2015, será um exportador de petróleo significativo – disse a jornalistas.
Diretora executiva da AIE, a cientista social Maria Josephina Arnoldina van der Hoeven, ex-deputada do Parlamento holandês pela legenda do Partido Cristão Democrático (CDA, na sigla em inglês), também reconheceu o avanço brasileiro neste segmento econômico.
– Em 2035, o Brasil terá deixado de importar gás e óleo, passando a ser exportador dos dois produtos. O país é uma força emergente na produção de gás e estará entre os líderes da exploração de petróleo em águas profundas e no desenvolvimento (de fontes energéticas) de baixa emissão de carbono – afirmou em seu discurso.
Van der Hoeven também situa o Brasil entre os líderes mundiais no domínio das energias renováveise aposta que o país “praticamente duplicará” essa produção a partir de fontes renováveis em 2035, mantendo sua quota de 43% na matriz energética nacional. Na projeção da AIE, a foco do setor continuará sendo a geração de energia a partir das usinas hidrelétricas, apesar de a dependência dessa fonte tender a declinar “em parte devido ao afastamento e à sensibilidade ambiental de muitos recursos remanescentes, situados principalmente na Amazônia”.
Birol afirma ainda que no novo contexto, o Oriente Médio vai ganhar cada vez mais destaque:
– Em poucos anos, o consumo de petróleo no Oriente Médio será equivalente ao da China hoje. E isso tem uma série de implicações, na geopolítica, nos mercados de petróleo, no preço – previu.
Fonte: Correio do Brasil
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