ZPE do Ceará busca captar R$ 400 mi com 20 empresas

Atualmente, quatro empresas já estão instaladas na ZPE, ligadas à CSP ( Fotos: Bruno Gomes )
Atualmente, quatro empresas já estão instaladas na ZPE, ligadas à CSP ( Fotos: Bruno Gomes )
Empresas do setor de granito deverão ser as primeiras a se instalar na nova área da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), que totaliza 1.911,04 hectares, espaço antes destinado à refinaria Premium II. Cerca de 20 indústrias já assinaram protocolo de intenções e solicitaram reservas de terra ao governo estadual para construir suas plantas, cujo investimento previsto é de R$ 400 milhões. “São aproximadamente R$ 20 milhões por empresa, que terão seus projetos financiados por agentes como o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste”, afirma o secretário de Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Antonio Balhmann, que falou ontem à imprensa sobre a definição do plano diretor da nova área da ZPE. De acordo com Balhmann, todas as empresas serão conhecidas durante o Fortaleza Brazil Stone Fair, evento da cadeia produtiva de rochas ornamentais e de revestimento. A feira ocorrerá de 31 de maio a 3 de junho, no Centro de Eventos do Ceará. Conforme o presidente da ZPE, Mário Lima Júnior, serão investidos R$ 53 milhões em obras de infraestrutura da nova área de expansão. Ele acrescenta que, entre as empresas interessadas, estão as cearenses como a Granos Granitos e a Imarf Limestones e Granitos, ambas localizadas em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). “Elas já processam granito aqui no Estado, mas querem ter plantas na ZPE”, afirma. “Contamos com uma infraestrutura fantástica cercando a ZPE, e isso é um fator de sucesso que atrai investidores”, acrescenta Lima Júnior, destacando que boa parte das empresas do setor de granito que devem se instalar na ZPE Ceará é do Espírito Santo. A expectativa do governo é que, no segundo semestre deste ano, as empresas apresentem seus projetos técnicos ao Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE). “Passando todos os trâmites burocráticos, esperamos que parte dessas indústrias comece a operar até o fim de 2017”, observa Balhmann. O decreto autorizando a ampliação da ZPE Ceará de 4.271,40 para 6.182,44 hectares foi assinado pela presidente afastada Dilma Rousseff, no último dia 4. Divisão A nova área foi dividida por setores, sendo o Setor II Norte destinado à captação de um projeto de refinaria compacta e moderna, e o Setor II Sul para indústrias dos segmentos calçadista, têxtil, petroquímico, metalmecânico, agroindustrial, farmacêutico, alimentício e de granitos. O passo seguinte será o alfandegamento do espaço junto à Receita Federal, por tratar-se de zona primária e de ser gerida pela ZPE Ceará. Padrão tecnológico “Cerca de 70 hectares serão destinados a empresas de alto padrão tecnológico, como indústrias farmacêuticas e de alimentos”, adianta Balhmann, dizendo que “o governo estadual vem fazendo um grande trabalho de divulgação da ZPE Ceará”, principalmente, para empresas brasileiras que foram captar negócios no exterior por não encontrar oportunidades no Brasil. “Queremos que mais empresas exportadoras conheçam a ZPE. Várias indústrias do setor calçadista, por exemplo, estão hoje na Índia, China, Vietnã, Nicarágua e Honduras. Queremos que elas venham produzir calçados novamente no Brasil e exportá-los a partir do Ceará”, salienta Balhmann. De acordo com ele, a ampliação da poligonal da ZPE Ceará significa a garantia de que o Estado possui área disponível para uma zona livre pelos próximos 50 anos. O novo espaço já está pago pelo governo estadual e devidamente regularizado. SAIBA MAIS Quem já está na ZPE ceará: Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP): Primeira empresa brasileira a operar em regime de ZPE. Tem como acionistas a Vale (50%), Dongkuk (30%) e Posco (20%). Vale Pecém: Empresa da Vale S/A voltada para o fornecimento de minério de ferro à CSP. Estão sendo investidos US$ 96,7 milhões. White Martins: Com investimento total de R$ 356,8 milhões, será a maior planta de fabricação de gases industriais da América Latina. Phoenix do Brasil: Presta serviços siderúrgicos variados, dentre eles o manuseio de escória e a recuperação e dimensionamento de sucata de metal. Deve gerar um total de 500 empregos. Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
Zeudir Queiroz

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