A constituição de 1988 nasceu nas ruas, nas diretas já, nos vários temas questionados nas escolas. Estávamos vivendo um momento negro da nossa história, não era possível viver sem democracia, essa era a leitura daquele momento, e esse foi construído com sofrimento e tudo começou a partir do golpe militar de 31 de março de 1964, essa democracia tão almejada por tantos brasileiros, foi conquistada, parcialmente, apenas voltamos a escolher nossos representantes, muitos autores já se foram, alguns, em especial, tombaram com sua própria vida na busca desse triunfo, sem citar qualquer nome, para não ser indelicado com muitos familiares, pois com certeza não vou me lembrar de todos. É preciso refletir sobre os movimentos das ruas, atualmente, na sua forma como está a acontecer, pois agora, mais do que nunca, é preciso mais e, dessa vez, fazer o possível para melhorar nossa democracia, não é só votar, escolher os representantes. É preciso mais e dessa vez, corrigindo os equívocos que vêm acontecendo, não podemos aceitar que pessoas infiltradas venham fazer o que fizeram com tantas pessoas, incluindo o Jornalista, pois a vida tem que ser preservada. Temos que lutar para garantir as conquistas sociais, temos que identificar os interessados na burla dos movimentos sociais das ruas sem esquecer que precisamos respeitar nossa Constituição. Democracia. Era de bom tom se todos fizessem um grande exercício para exercitá-la, como fazer? É possível viver sem democracia? Tem outra forma de governar diferente dela? Agora vêm os questionamentos: a quem interessa burlar os movimentos sociais na busca um mundo melhor? Estamos na busca de um mundo melhor dessa forma? É triste demais ver cenas desse tipo e o mais grave de tudo isso, não estamos nos indignando, é preciso fazer os movimentos, todos devemos ir à rua protestar, no entanto, respeitar qualquer ser vivo, e os patrimônios privados e públicos. Agora, mais que nunca, vamos exigir que o governo olhe para as suas próprias maldades, estamos a assistir muitas pessoas indignadas e essas não aprenderam a demonstrar isso de forma a preservar a vida. Vamos redobrar o cuidado com as pessoas infiltradas que tiram a beleza dos movimentos, cujo objetivo maior é cobrar a moralidade pública, principalmente com os gastos exagerados com relação à Copa do Mundo a ser realizada no Brasil em junho e julho de 2014. O ocorrido com o Jornalista Santiago e de outras pessoas que morreram devem ficar nesses movimentos devem servir como exemplo para que as pessoas que participam dos protestos não aceitem pessoas encapuzadas. O movimento é popular, como fazer violência? Os ativistas devem exigir forma a identificar aqueles que fazem essas atrocidades, esses são os inimigos da democracia. As mobilizações ocorridas no ano passado tiveram muita gente que não estava a serviço da paz, e esses fizeram atos cruéis, ao contrário de milhares que estavam pacificamente mostrando que era e ainda é preciso mudar muitas coisas, e os governantes precisam identificar aquilo que está errado, como exemplo, a tal de governabilidade que se buscou, e ainda continua, não dá para substituir aquilo que compete ao povo. O resultado das eleições não deve ser burlado com a compra de apoio, é apenas um ponto. Outro exemplo, é o desrespeito ao Direito Administrativo no exercício de governar sem esquecer os órgãos responsáveis pelo controle dos gastos públicos. Estes não estão funcionando satisfatoriamente, visto que, antes, não havia tanta corrupção. Vamos refletir os anseios da população que deveriam, em minha opinião, ser atendidas antes que seja tarde demais.
Luiz Washington Lopes – Procurador do Município de Caucaia
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