FOTO: NAVAL SARMENTO
A Polícia identificou duas pessoas suspeitas de participação no atentado dentro de uma igreja evangélica que deixou quatro pessoas feridas, sendo duas mulheres e duas crianças, na noite da última quinta-feira (4) em Umirim, a 90 km de Fortaleza.
Nas investigações, um homem acabou preso por porte de ilegal de munição, mas não teve a participação no crime confirmada. Entretanto, a relação dele com os outros suspeitos faz a Polícia não descartar que também ele tenha alguma responsabilidade no atentado.
De acordo com o comandante do destacamento de Umirim, sargento PM Antônio Sá Rodrigues, testemunhas identificaram os suspeitos e forneceram os nomes à Polícia, que permaneceu em busca dos homens. “Os três fazem parte de uma mesma quadrilha. Dois deles pegaram uma motocicleta para executar uma mulher a mando de um traficante”, relatou o PM.
Suspeitos
O primeiro nome ao qual a Polícia chegou foi o de Luís André Alves Pereira, de 26 anos. Na residência dele, a Polícia localizou seis cartuchos de calibre 12, três cartuchos de 357 além de munições calibre 38. Conforme as investigações, ele não teria tido participação direta na execução do crime, mas é investigado por ter alguma responsabilidade no atentado realizado na igreja.
Também foi identificado Francisco Vilacir Ferreira de Sousa, , o ‘Lourinho’, de 22 anos. Ele foi conduzido à Delegacia Municipal de Uruburetama, onde prestou depoimento. Entretanto, por falta de provas, acabou liberado. Conforme as investigações, teria sido ele o responsável por guiar a motocicleta até o templo religioso.
O segundo suspeito do atentado foi identificado como sendo um adolescente, irmão de Luís André. Até o fechamento desta edição, a Polícia informou realizar diligências em busca dele.
Os policiais também apreenderam duas motocicletas. Segundo testemunhas, ‘Lourinho’ foi visto minutos antes do tiroteio guiando uma das motos.
Policiais civis de Uruburetama, Umirim e Itapipoca, com o apoio do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sob o comando do tenente-coronel Ricardo Moura, além de equipes da PM de Umirim permanecem em busca dos elementos do crime. Até o fechamento desta edição, dez pessoas já haviam sido ouvidas pela Polícia e prestaram depoimentos considerados importantes para indicar a participação de cada suspeito.
De acordo com um policial civil, de identidade preservada, ‘Lourinho’ e o adolescente foram os primeiros nomes citados por testemunhas devido a desavenças envolvendo a quadrilha deles e a que pertenceria uma das vítimas do atentado.
“O ‘Lourinho’ é conhecido como traficante na área e investigado por crimes de homicídio na região. No decorrer da semana deverão ser realizados os pedidos de prisão preventiva. Foi aberto inquérito por portaria e vamos colher mais subsídios para chegar à autoria material e intelectual do crime”, relatou o policial civil.
Crime
Era por volta de 19h da última quinta-feira. Um casamento era realizado em uma igreja evangélica no bairro Banana, em Umirim. O templo, naquele momento, abrigava cerca de 30 pessoas.
Uma motocicleta para do lado de fora. Dois homens, usando capacetes escuros, com viseiras também escuras, descem do veículo e caminham em direção à igreja evangélica.
De acordo com testemunhas, os dois andaram cerca de três metros dentro do templo e, então, sacaram armas e iniciaram os disparos. Uma mulher em específico era o alvo da dupla. Maria José da Silva Duarte, a ‘Mazé’, havia tido a morte encomendada por um traficante, de acordo com a Polícia. As investigações apontam que ela estaria comandando o tráfico de drogas daquela região enquanto um comparsa está preso. Ela teria ligações a pessoas apontadas como traficantes na cidade.
Feridas
Se ‘Mazé’ era o alvo, os atiradores não só a acertaram como ainda deixaram outras três pessoas feridas. Cibele Pereira da Silva e as crianças Maria Adriele Cardoso Romão e Geliane Nunes Duarte foram igualmente baleadas. Os suspeitos, após os disparos, correram para a motocicleta e fugiram do local.
As vítimas foram encaminhadas ao Hospital Municipal de Umirim e, em seguida, encaminhadas ao Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza.
‘Mazé’ foi submetida a uma cirurgia e, até o fechamento desta edição, permanecia com quadro clínico estável, na sala de recuperação do hospital.
Já Cibele, foi atendida e recebeu alta. As duas crianças, de 7 e 10 anos de idade, permaneciam na emergência pediátrica do IJF sob observação, mas não corriam risco de morrer em decorrência dos ferimentos.
Levi de Freitas
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
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