Trabalhadores da CSP se reunirão na próxima segunda-feira

Assembleia pretende resolver a efetividade de duas questões firmadas no acordo coletivo de trabalho feito com a Posco E&C do Brasil. Sintepav afirma estar disposto a negociar o mais rápido possível Após o tumulto ocorrido na manhã de ontem no canteiro de obras da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que terminou com 66 pessoas presas, três veículos incendiados e mais de dez carros depredados, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado do Ceará (Sintepav-CE) não se reunirá nesta sexta-feira, 27, segundo informação do presidente da Força Sindical CE, Raimundo Nonato Gomes. Apenas na segunda-feira, 30, haverá nova assembleia. Os trabalhadores da CSP deflagraram greve no dia 5 de junho. Desde o dia 9, os funcionários se reúnem em assembleias para negociar a efetividade do acordo coletivo de trabalho firmado em 1° de abril com a Posco Engenharia & Construção do Brasil, empresa responsável pela execução das obras da siderúrgica.  Equiparação salarial entre os empregados que exercem a mesma função e pagamento das horas “in itinere” são as duas questões ainda pendentes de acordo. Por causa do incidente da última quinta-feira, a Delegacia Municipal de São Gonçalo do Amarante, onde se localiza a CSP, estipulou fiança de R$ 47 mil para as 66 pessoas indiciadas por atos de vandalismo. O valor já foi pago pelo Sintepav, e os manifestantes, liberados. O sindicato publicou nota repudiando a ocorrência, alegando não apoiar nenhum movimento que possa trazer prejuízos financeiros ou danos pessoais durante as mobilizações. “Tais atos estão sendo praticados por pessoas infiltradas no movimento”, afima o comunicado. De acordo com Raimundo Nonato, não faz parte da ideologia do Sintepav a manifestação violenta. “Nunca tivemos problemas com badernas nos movimentos. Deduzimos que as pessoas que praticaram os atos de vandalismo sejam trabalhadores já demitidos, que já não fazem parte do movimento, mas não há como confirmar essa informação”, diz. O presidente reconhece que sempre haverá o risco de infiltração de empregados, mas garante que o sindicato está disposto a negociar o mais rápido possível de forma pacífica. A Posco alega que a greve é abusiva e ilegal por não cumprir requisitos da Lei de Greve. Por isso, ajuizou no Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região uma ação declaratória de abusividade de greve, na qual foi concedida liminar determinando ao Sintepav que se abstenha de praticar atos danosos ao patrimônio da empresa, que não realize manifestações a menos de 1,5km de distância da portaria principal do canteiro de obras, entre outras medidas.
Fonte:  O POVO Online
Zeudir Queiroz

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