Com a reativação, a expectativa é que os agricultores retomem o cultivo da cana de açúcar e m 2014
Barbalha. Mesmo sem previsão de iniciar o processo de novos investimentos na Usina Manoel Costa Filho, em Barbalha, adquirida por meio de leilão, em junho deste ano pela Agência de Desenvolvimento Econômico Ceará (Adece), por R$ 15,4 milhões, os produtores estão na expectativa de iniciar o processo de planejamento e produção. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Município (SDA), já estão sendo realizadas as primeiras ações na usina, no intuito de, no próximo ano, já haver uma mobilização do setor. E para auxiliar na capacitação técnica será inaugurada na primeira semana de dezembro uma fábrica-escola voltada para o aperfeiçoamento de profissionais do segmento.
O equipamento, adquirido pelo Estado, deverá ser modernizado. Foto: elizângela santos
Vasconcelos diz estar otimista, e os agricultores que antes atuavam no plantio da cana, deverão retornar à velha lavra, por ser algo que fez história na cidade. Ele diz que durante o evento em que será inaugurada a fábrica escola, onde vão ser produzidos desde o açúcar mascavo à rapadura, agricultores também terão a oportunidade de receber os títulos de suas propriedades, com a regularização fundiária. “Essa é mais uma oportunidade de inserção desses pequenos agricultores”, afirma.
Mobilização
Ele disse que sempre que uma equipe do governo do Estado vêm desenvolver atividades na usina, tem acompanhado o andamento dos trabalhos, e percebe que há uma mobilização inicial. São vários equipamentos antigos, dispostos no local, aguardando serem recuperados e inovados, nos diversos setores, para a reativação. A meta, com a melhoria e modernização, é empregar cerca de 250 pessoas de forma direta.
O secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, Nelson Martins, afirma que o papel da Secretaria foi realizar um estudo de viabilidade, por meio da Ematerce, apresentado durante a efetivação da compra. De acordo com o levantamento técnico realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Rural do Ceará (Ematerce), na região do Cariri, em 15 municípios, foram identificadas áreas com possibilidade de cultivo.
A maior parte, cerca de 70%, se concentra nas cidades de Barbalha (2,7 mil hectares), Crato (1,4 mil ha) e Missão Velha, com quase 2 mil ha. Caso a região viesse iniciar a produção de cana ainda neste ano, com a revitalização do setor, a perspectiva de moagem era em 2015. Mas, segundo o secretário, ainda não há uma definição, por conta de todos os estudos técnicos que serão desenvolvidos, inclusive do maquinário disponível. A meta é investir nesse processo pelo menos R$ 30 milhões.
A Adece vem negociando com empresários, inclusive do sul e sudeste do Brasil, e realizando contatos no objetivo de ter novos investidores, que acreditem no setor canavieiro na região. Ainda não há uma definição em relação à forma de administração da usina, se será através do sistema de cooperados. Há discordâncias em relação a essa modalidade, conforme Martins. Mas ele admite que houve o investimento do Estado, que deverá ser ressarcido do valor da compra.
Para Vasconcelos, há uma perspectiva de realização até o final do ano de uma audiência pública, solicitada pela câmara municipal, com o secretário do Estado, Nelson Martins, e Produtores, para tratar do assunto. De acordo com os levantamentos que foram feitos, a usina chegou a representar na década de 80, no auge da produção, cerca de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará. Esse número deverá não ser mais alcançado, em virtude do crescimento do Estado. Mas, a grande esperança é mesmo a de melhorias representativas para a o retorno ao cultivo e o sucesso na agroindústria canavieira. (ES)
Fonte: Diário do Nordeste
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Um amigo me perguntou:
Laurindo, a usina do jeito que está tem condições de voltar a funcionar? Então
logo respondi: Caro amigo, do jeito que ela se encontra hoje, não terá como
funcionar, pois uma usina é como uma semente que depende de terra e de água para
germinar, e isto, ela não tem. Infelizmente o estudo de viabilidade feito pelo
estado levou em consideração apenas os aspectos agrícolas, esquecendo no
entanto, os aspectos industriais. Resultado: As
terras que pertenciam a usina ficaram de fora do projeto, e é justamente
nelas que se encontram os poços profundos que a abasteciam.