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SDA cobra mais empenho na vacinação contra a aftosa

Os criadores têm até sábado para imunização do rebanho, a fim de que se consiga a meta de 95% de cobertura

Fortaleza. A menos de cinco dias para o encerramento da campanha de vacinação contra a aftosa, apenas 39% do rebanho estão imunizados. Tendo em vista que a cobertura vacinal é estimada em, pelo menos, 95%, a perspectiva é que haja um esforço redobrado até sábado, último dia da campanha.

Os criadores têm até sábado para imunizar o rebanho, a fim de não pagar multa foto: Natinho Rodrigues

No sentido de que haja maior envolvimento do produtor com a campanha contra a febre aftosa, a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), em entrevista coletiva, apresentaram, ontem, os dados parciais da vacinação, ao mesmo tempo em que foi feito um apelo para que os agropecuaristas não deixem de cumprir a obrigatoriedade da imunização, sob o risco de pagamento de multa, além de outras sanções.

Durante a entrevista coletiva, que aconteceu no auditório do Parque de Exposições Governador César Cals, o secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, reconheceu que os dados parciais ficam abaixo do esperado, haja vista que a campanha se desenvolveu desde o dia 1º deste mês e fica encerrada no próximo dia 30.

Desempenho

Segundo Nelson Martins, há sempre uma preocupação quando o percentual da cobertura está abaixo, embora lembre que no ano passado, em igual período, o índice era de 31,9%, o que correspondeu neste ano a um aumento de 7,19% dos animais vacinados. “Não podemos responsabilizar a seca pela baixa adesão até o momento dos produtores, porque, em maio passado, quando os efeitos da estiagem eram muito mais fortes, houve uma pronta mobilização dos criadores”, disse Martins.
Pelo relatório apresentado pela SDA, os municípios com melhor desempenho na campanha são Piquet Carneiro, Itaitinga e Pacoti, com índices, respectivamente, de 73,38%, 68,92% e 67,94%. Estão relacionados como de performance mais baixa os de Jijoca de Jericoacoara, Camocim e Cruz, com percentuais, respectivamente, de 11,7%, 11,11% e 6,02%.

Logística

O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adagri), Augusto Júnior, informou que o órgão mantém 210 fiscais, a fim de garantir a meta de vacinação. Ele lembrou que o Estado dá continuidade às barreiras fitossanitárias, instaladas nos municípios de Tianguá, Parambu, Penaforte, Jati, Ipaumirim, Chorozinho, Icapuí, São João do Jaguaribe, Morada Nova e Barbalha. No caso do rebanho, a atenção maior é com relação a inibir a circulação de animais não vacinados no Ceará.

Para Nelson Martins, todos esses esforços é no sentido de fazer garantir o status do Ceará, obtido ainda neste ano, de Estado livre da aftosa com vacinação no território nacional. Ele lembrou que, no próximo ano, haverá uma nova inspeção que poderá no resultar reconhecimento internacional do atual status do rebanho cearense.

Além de estabelecer como meta a vacinação de 95% do rebanho bovino e bubalino, a determinação é que também se imunize 80% das propriedades rurais. O secretário Nelson Martins apelou para que os produtores possam vacinar o rebanho o mais rápido possível.

“Precisamos da parceria dos produtores rurais nesta campanha de vacinação, pois atingir o índice de vacinação previsto vai permitir ao Ceará entrar na zona livre internacional de febre aftosa com vacinação”, destacou.

Reconhecimento

O Ceará foi reconhecido como zona livre nacional de aftosa com vacinação e pleiteia o reconhecimento internacional, que deve acontecer em maio de 2014. “Para isso, os nossos produtores precisam continuar vacinando o rebanho”, conclamou o secretário. A dose da vacina continua com preço médio de R$ 1,50. A multa para quem não vacinar o rebanho é de R$ 15,20 por cabeça.

Depois de vacinado o rebanho, os produtores devem procurar as unidades locais da Adagri, as Prefeituras ou os escritórios da Ematerce para declarar a vacinação. Após 30 de novembro, a Adagri realizará visitas às propriedades rurais do Estado do Ceará para fiscalizar quais vacinaram o rebanho.

A febre aftosa é uma doença contagiosa, causada por vírus de rápida multiplicação. O animal infectado apresenta feridas na boca, nos lábios, tetas e nos cascos. Os bichos também se afastam do rebanho, babam, não comem e não bebem água.

Marcus Peixoto
Repórter

Mais informações:

SDA
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Zeudir Queiroz