Reitor do IFCE apela ao bom senso para evitar greve

 

Virgílio Araripe diz que decisão não é unânime entre servidores e que consequências serão drásticas para a Instituição

O ReitorVirgílio Araripe, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), sugere aos professores e técnico-administrativos da Instituição que ameaçam deflagrar greve uma análise “sensível e responsável” dos pontos que estão sendo apontados como motivadores da paralisação. O reitor também pondera sobre as consequências que mais uma greve pode vir a gerar para a instituição, principalmente para os mais de 20 mil alunos no Estado. Nesta sexta-feira (11), às 16h, está agendada uma assembleia no ginásio poliesportivo do IFCE Fortaleza (Av. 13 de Maio, 2081, Benfica), para deliberar sobre possível adesão à greve nacional dos servidores de Institutos Federais, confirmada para começar no próximo dia 21. De acordo com o reitor, a assembleia geral foi agenda por uma das quatro seções sindicais que representam docentes e técnicos administrativos do IFCE, enquanto servidores representados por outras duas seções já se manifestaram contra a paralisação. Outra seção sequer levou a pauta à votação. “A maioria dos nossos alunos também tem se posicionado contra a greve nos campi e redes sociais”, afirma. “Consideramos relevante e necessária a luta por melhorias na instituição. Não menos importante é a avaliação que devemos fazer antes de tomarmos decisão tão expressiva, considerando os efeitos de uma paralisação neste instante, em que o calendário acadêmico ainda encontra-se em fase de normalização, devido à última greve”, pondera Virgílio Araripe. Segundo o retor, do ponto de vista objetivo, algumas das pautas chamadas locais encontram-se em pleno processo de atendimento, como a realização de concurso público para cerca de 400 servidores (o edital de docentes já será publicado nesta sexta-feira, 11); a finalização dos concursos de remoção de docente e técnico-administrativo; a promoção de obras de melhoria na infraestrutura em quase todos os campi do Estado desde 2013; e a liberação de servidores técnico-administrativos para graduação ou pós-graduação (vários servidores do IFCE encontram-se, atualmente, afastados para capacitação). “Reafirmamos também que a reitoria continua aberta ao diálogo sobre todo e qualquer ponto de pauta”. Em relação às pautas tidas como nacionais, o retor do IFCE entende que o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) poderá auxiliar os servidores na intermediação das negociações com o governo federal. “Na condição de reitor, já nos propomos a levar a pauta da ampliação da flexibilização da jornada de trabalho dos técnico-administrativos para a próxima reunião do colegiado, entre 14 e 16 de abril, em Brasília”, reitera Araripe. Fonte: Cnews
Zeudir Queiroz

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