Programa pretende aumentar o número de fornecedores locais no Ceará

O Programa de Desenvolvimento Regional (PDR) visa elevar a participação dos fornecedores do Ceará
Programa do Complexo do Pecém visa incentivar fábricas instaladas na área a contratarem fornecedores da região
Com 67% de fornecedores de empresas cearenses, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) recebeu, até junho deste ano, aproximadamente R$ 905 milhões em fornecimentos de empreendimentos do Estado. A meta é alcançar R$ 1,67 bilhão até o início da operação da Companhia. Os dados são da própria CSP que, visando elevar e qualificar a participação dos fornecedores locais em todo o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), criou o Programa de Desenvolvimento Regional (PDR). O programa conta hoje com a coordenação do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (Cede) e foca na demanda das empresas em implantação e as que já estão operação do CIPP. Para o presidente da Cede, Gotardo Gurgel, o PDR é importante para aumentar a geração de negócios e fortalecer os empresários locais. “Como são grandes empreendimentos se instalando na região do CIPP, muitas vezes o pequeno fornecedor não sabe como interagir com esse novo mercado. Daí, o programa colabora para que sejam criados novos relacionamentos empresariais”, diz. De acordo com o presidente da Zona de Processamento (ZPE) do Ceará, César Ribeiro, existem hoje cerca de 50 mil fornecedores na cadeia produtiva da CSP. César observa que o grande desafio é estruturar, da melhor maneira possível, a cadeia de fornecimento local. “O empresário, às vezes, reclama. Mas será que ele está preparado para fornecer para a CSP?”, questiona. Dados da CSP demonstram que, no início da construção do empreendimento, em 2012, a porcentagem de fornecedores locais era de 34%. Em maio deste ano, já existiam cerca de 176 fornecedores diretos e mais de 1500 indiretos,. Além da Companhia, o programa tem como investidores a Posco E&C do Brasil e a Vale Pecém. A metodologia do PDR, segundo a CSP, por meio de sua assessoria de imprensa, estrutura-se em três vetores: capacitação e certificação, promoção e divulgação e assessoria aos negócios. Para o vetor de capacitação, a entidade responsável pela capacitação das empresas é o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em nota, a CSP informa que já foram qualificadas mais de 80 microempresas de São Gonçalo do Amarante, Caucaia, Paracuru e Maracanaú. Para setembro, estima-se iniciar a certificação de 30 empresas. Resumo da Série O POVO mostrou como funciona a ZPE Ceará, uma espécie de condomínio de empresas, com bilhões em investimentos. Quem se instala lá ganha benefícios fiscais, tributários e administrativos. Apenas indústrias que exportam ao menos 80% podem estar numa ZPE, mas projeto de lei prevê mudanças. Fonte: O Povo
Zeudir Queiroz

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