Fortaleza. O Ministério Público do Estado do Ceará e a Prefeitura de Caucaia celebraram um acordo de cooperação para a implantação do Programa de Mediação Escolar em sete escolas.
Pelo menos três unidades de ensino, mantidas pela Secretaria da Educação (Seduc), desenvolveram o trabalho mais cedo, com a liberação de professores para atuarem como mediadores no combate à violência em escolas e comunidades.
A ideia é que a iniciativa capacite gestores, professores, profissionais de ensino e alunos para atuarem como mediadores em situações de conflito no ambiente escolar e nas dependências dos órgãos públicos municipais. Nesse sentido, a liberação de professores para atuação como mediadores é o grande desafio para o desenvolvimento do projeto no município.
As partes cooperadas, que estiveram representadas pelo procurador-geral de Justiça Ricardo Machado, e o secretário municipal de Educação de Caucaia, Ambrósio Ferreira Lima, comprometeram-se a adotar ações com vistas à implementação, manutenção e ampliação do Programa de Mediação de Conflitos (escolar e comunitária), viabilizando o aperfeiçoamento profissional dos mediadores, bem como, formando instrutores multiplicadores internos para a Secretaria Municipal de Educação.
O promotor de Justiça e coordenador dos Núcleos de Mediação Comunitária, Edson Landim, ressalta a importância dos diretores das escolas em abraçar o projeto, uma vez que estes são irradiadores do sucesso da mediação escolar. “Temos que criar um Núcleo Gestor de Acompanhamento”, observa, referindo-se ao cumprimento de resultados em prol da melhoria da qualidade de vida dos estudantes.
Segundo Edson Landim, o gargalo na aplicação do projeto está, especialmente, no fato da disponibilidade de professores para atuar como mediadores, em vista dos compromissos com a carga horária e a oferta restrita do magistério em sala de aula.
O projeto é desenvolvido em três etapas. Na primeira, é feito um diagnóstico por meio de pesquisa destinada a diretores, professores, técnicos, pais e alunos, no sentido de que apresentem uma compreensão de como a violência se manifesta em suas comunidades. O segundo momento refere-se à sensibilização das partes envolvidas para o estabelecimento de estratégias de enfrentamento. A terceira etapa consiste na apresentação de alternativas encaminhadas pelas partes conveniadas.
O acordo também possibilitará a troca de informações, documentos e apoio técnico-institucional necessários, estabelecendo intercâmbios entre as instituições partícipes, com o objetivo de ampliar o conhecimento técnico dos mediadores e dos instrutores em mediação. Será acompanhada, avaliada e supervisionada, constantemente, a execução das ações de mediação de conflitos dos seus profissionais.
O secretário de Educação de Caucaia admitiu a dificuldade do município em lidar com a violência de modo geral, sobretudo, dentro das escolas. “Temos trabalhado no sentido de que a escola seja um lugar sagrado, mas não é fácil. Há depredações. O que está posto é um grande desafio. O professor passa por ameaças, danos materiais em seus veículos. Os conflitos escolares sempre existirão e uma parceria como esta nos ajudará muito a diminuir a violência”, revela Ambrósio Ferreira Lima.
Mais informações
Procuradoria Geral de Justiça (PGJ)
Ministério Público do Estado do Ceará
Promotor de Justiça Edson Landim
Telefone: (85) 3452-3781
Fortaleza
Marcus Peixoto
Repórter
Diário do Nordeste
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